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Enviada em: 03/06/2019

Em 1929, o mundo capitalista enfrentou um dos períodos de recessão econômica mais graves da História, em que a doutrina liberal trouxe condições socioeconômicas críticas à sociedade. De maneira similar à atualidade, nota-se que as moedas virtuais e a revolução nas relações monetárias também estabelecem um cenário preocupante, visto que essas mudanças ocorrem por meio de uma ferramenta fundamental na contemporaneidade: a Internet. Assim, cabe a análise acerca das causas, das consequências e possível solução da problemática.   Inicialmente, é válido reconhecer a perspectiva dramática determinada pela ausência de política reguladora sobre o dinheiro virtual. Acerca disso, deve-se observar o conceito de ética para o filósofo Kant, no qual uma ação só pode ser considerada ética caso possa ser aplicada de forma universal. Nesse contexto, a falta de normas reguladoras vai de encontro à visão kantiana, dado que se os outros tipos monetários também não enfrentassem regras moderadoras, o sistema financeiro mundial entraria em profundo desequilíbrio. Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de promover um maior controle sobre as moedas virtuais   Vale também ressaltar os efeitos desse fenômeno. De acordo com um levantamento da CryptoCompare, o valor médio das cédulas cibernéticas caiu cerca de 80% em 2018. Tal volatilidade nos preços desse modelo monetário é resultado do interesse crescente da sociedade, que faz investimentos desordenados e favorece a formação de uma "bolha" especulativa. Consequentemente, a "explosão" dessa "bolha" pode desestruturar as relações econômicas ao privar a população de seus capitais e agravar inúmeros problemas sociais, como desemprego e a fome.    Fica evidente, portanto, que são necessárias medidas para controlar as  moedas virtuais e a sua utilização. Logo, é imprescindível que o Poder Público, como instituição regulador do sistema financeiro,  promova a criação de órgãos fiscalizadores que garantam o equilíbrio do sistema monetário e impeçam a formação de bolhas especulativas por meio da ampliação dos investimentos na área monetária. Espera-se, com isso, coibir novos problemas socioeconômicos e se distanciar do cenário catastrófico observado na "Grande Depressão".