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Enviada em: 06/06/2019

Com o capitalismo financeiro, criado no final do século XIX, houve a criação das bolsas de valores, além dos bancos mundiais pós Segunda Guerra Mundial, permitindo uma maior internacionalização e integração da economia global que, aparentemente, era um sistema soberano até o século XXI. Entretanto, hoje, em plena Quarta Revolução Industrial, há a difusão das moedas virtuais, que estão alterando radicalmente o modo de pensar sobre a economia, em virtude da obscuridade e dos riscos ao sistema financeiro internacional.   Em uma primeira abordagem, é fundamental destacar o pensamento de Jurgen Habermas, filósofo alemão que propõe que, quando há um conflito ético devido a uma nova ideia ou invenção, devemos debater na esfera pública, com a participação dos cidadãos. Contudo, as novas relações econômicas virtuais necessitam de maior conhecimento à população, visto que nem mesmo os governantes, no geral, estão cientes da novidade. Além disso, pouco se sabe sobre os efeitos que essa nova tecnologia irá causar ao cidadão no dia a dia. Dessa forma, é evidente que o tema precisa de maior esclarecimento ao povo.   Outrossim, destacam-se os riscos que são propostos ao sistema financeiro. Atualmente, vive-se a globalização, que vem enfraquecendo os Estados Nações e dando poder aos monopólios privados e ao mercado transnacional. É um desafio saber até que ponto as moedas virtuais podem afetar as economias dos países, pois não são controladas por uma entidade governamental dependendo de equações feitas por computadores para equilibrar o sistema, que por si só já alteram valores nas Bolsas pela especulação financeira.   Diante disso, é evidente que se trata de uma mudança drástica que pode afetar o mundo atual. Portanto, é imprescindível que tanto o Estado quanto os desenvolvedores das moedas virtuais esclareçam à população sobre o que está acontecendo, por meio de diversos recursos midiáticos, para gerar a deliberação e, posteriormente, decisão popular para que caminho optarão. Por fim, é fundamental que as diversas moedas virtuais sejam regulamentadas no momento pelo Governo, a fim de análise e proteção ao cidadão, para evitar possíveis prejuízos econômicos individuais e coletivos.