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Enviada em: 27/08/2019

Martin Luther, professor alemão e um dos fundadores da religião protestante, de certo acumulava um desdém gritante pelo sistema capitalista, fazendo duras críticas à idolatria do dinheiro, alocando-a como um dos pecados originais, a usura. O avanço da tecnologia indubitavelmente guiou a humanidade para a criação de diversos tipos de meios para pagar por suas mercadorias, abandonando os mais obsoletos, e, finalmente, chegando até a Bitcoin. A reputação que a moeda virtual veio adquirindo, foi acompanhada de um desconhecimento sobre a mesma, podendo causar sérios problemas sociais.       Na antiguidade, se popularizava o primeiro meio de troca para se conseguir um bem desejado, o escambo. Uma das últimas evidências históricas desse método foi testemunhado entre o fim da idade média e o início da modernidade, onde os nativos sul-americanos trocaram o pau-brasil por bijuterias oferecidas pelos Lusitanos. A especificidade requisitada para ocorrem trocas em tal sistema o levou a sua obsolência, e nesse ínterim ascendeu-se a moeda-mercadoria, como o sal. Passando por um longo desenvolvimento histórico, a raça humana criou o dinheiro falso, o papel-moeda, onde confiava-se o valor desse bem ao emissor do título, e após séculos de perpetuamento desse mesmo, a tecnologia permitiu o desenvolvimento de uma moeda virtual, que apesar de ser uma grande descoberta e ter um alto potencial a ser explorado, traz consigo problemas, uma vez que não pode ser regulamentada.       Em 1929, a bolsa de valores de Nova York quebrou, levando milhares de empresas e bancos à falência, em virtude disso, grande parte da população americana ficou desempregada, entrando em um estado de pânico e depressão, fato esse que ocasionou o suicídio de inúmeras pessoas. Visto isso, será exposto que o problema a ser discutido está no fato de que não houve um estudo aprofundado das pessoas que se relacionam com a cripto-moeda, a qual é muito complexa, e caindo na tentação do alto valor atribuído à ela, não considerando sua alta instabilidade no cenário mundial, levará os milhares de usuários da moeda à falência, e todos serão fadados ao mesmo destino das vítimas da grande depressão, emergindo um grande problema social.       Levando em conta a impossibilidade do Estado regulamentar diretamente a Bitcoin e impedir os listados problemas de ocorrem, urge, portanto, a necessidade da intervenção do MEC (Ministério da Educação) organizar palestras e discussões em escolas e locais públicos, a fim de conscientizar os jovens e estudantes, ou seja, os futuros motores da economia, evitando uma crise nacional e consequentes deficiências na sociedade.