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Enviada em: 04/03/2018

Ao longo da história é notável a evolução da moeda e hoje ela ainda tende a evoluir buscando melhorias na economia e atividade comercial. O século XXI apresenta, desde 2008, uma forte discussão que cresceu exponencialmente em relação às criptomoedas, principalmente por conta de uma em específico, o Bitcoin. Apesar de revolucionária, ainda é necessário muita cautela, compreensão e preparação antes da sua implementação.       A evolução notória da moeda fez-se necessária para melhorar o cenário econômico mundial, seja na praticidade, regulamentação ou simplesmente quantificar de maneira igualitária determinados valores. Inicialmente a prática mercantilista se dava pelo escambo, troca de mercadorias de acordo com as necessidades dos envolvidos; em seguida a moeda ganhou sua primeira forma no século VII a.C., cunhada em metais preciosos; essas transformações levaram ao que predomina os dias atuais, o papel moeda. Não há garantias físicas na própria moeda que sustente o seu valor e sua aceitação se deve à imposição legal e distribuição centralizada, regida pelos bancos, a economia mundial e a União.       Ainda assim, apesar da constante evolução da moeda na história, o século XXI traz a discussão sobre uma nova moeda que vem tentando ser implementada, são as criptomoedas, como o Bitcoin ou Ethereum que, apesar de revolucionárias, devem ser discutidas no âmbito da aceitação e aplicação. A ideia central dessa nova tecnologia é transferir dinheiro entre as pessoas, em troca de bens ou serviços independente de onde elas estejam, sem ficar preso a fronteiras nacionais ou intermediários. No Brasil, as moedas virtuais não são de fato moedas, já que de acordo com o art. 21,da Constituição Federal de 88, compete à União a emissão da moeda. A melhor classificação das criptomoedas hoje é como commodities, devido ao valor atrelado à elas pela comunidade de usuários e sua aceitação, contudo é um valor altamente instável. Vale ressaltar, também, que em países com moeda nacional fraca, a demanda pelo bitcoin vem aumentando, habitantes de economias em crise investem na sua obtenção principalmente por ser uma moeda de valor universal e descentralizada. Mas ainda assim persistem impasses quanto sua aceitação no mundo devido à segurança, já que mesmo a Enigma, considerada impossível de ser decifrada durante a 2ª Guerra Mundial, foi descriptografada pela máquina de Turing.       Fica claro, portanto, o quanto as moedas virtuais podem contribuir para uma revolução na economia mundial, mas ainda precisam de muitas discussões antes da sua implementação. Caberia aos Governos e à União planejar a criptomoeda como uma moeda alternativa, não substituindo o real, assim como os Dotz ou pontos no cartão de crédito, servindo como um bonus ou remuneração extra, ajudando a movimentar mais o mercado oferecendo, mesmo que pouco, poder de compra à população.