Enviada em: 18/03/2018

Moedas tem valor imaginário, elas apenas expressam a riqueza de um individuo ou grupo. Moedas surgiram como forma de facilitar trocas comerciais e inicialmente eram lastreadas, ou seja, para cada nota de 1 real existente, existia o equivalente em ouro por exemplo. Mas a coisa mudou após a primeira guerra mundial, quando as moedas deixaram de ser lastreadas e Estados e governos passaram a emiti-las sem ter a mesma quantidade em outro ou prata. Nos bancos criou-se uma coisa chamada reserva fracionada, ou seja, para cada 1 dólar no banco, ele pode emprestar 10, e caso isso cause sua falência o governo o resgata, e foi nesse caos econômico que surgiram as moedas virtuais.    Moedas virtuais não possuem lastro em ouro, prata ou qualquer outro material, elas possuem lastro digital, ou seja, o código das moedas digitais (bitcoin por exemplo) determina quanto dessa moeda pode existir e em qual velocidade será emitida, o que garante segurança contra a inflação da moeda causada pelo Estado. Moedas virtuais não necessitam de bancos para sua transação ou armazenamento, ela precisa apenas de uma plataforma segura de trocas, a blockchain.     Como dito, moedas virtuais não necessitam de bancos, o que as torna impossíveis de serem vendidas (empréstimos), ou seja, é impossível prover crédito com moedas virtuais, exatamente por não utilizarem bancos e não serem reguladas. Na prática, elas servem apenas para comprar coisas e dependendo do acumulo ou não de capital virtual seu valor oscila de forma muito abrupta, a tornando inútil para investimentos de longo prazo, que necessitam de segurança cambial, algo que moedas virtuais não possuem.    Moedas virtuais possuem sua maior utilização para pagamentos no mercado negro, ou seja, são em sua maioria usadas para o crime, e não a nada que o governo possa fazer. Moedas virtuais são inúteis para o capitalismo financeiro do século 21 por não servirem como crédito, moedas virtuais permanecerão em nichos restritos, tipo vídeo game em microtransações, mas nunca como moeda dominante.