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Enviada em: 10/04/2018

As moedas virtuais surgiram com o intuito de corrigir falhas presentes nos sistemas monetários convencionais. Contudo, essas enfrentam obstáculos quanto à sua aceitação efetiva, o que ocorre em virtude da mudança de padrões que acarretaria no modelo econômico vigente, em que as instituições financeiras possuem autonomia quase ilimitada. A primeira moeda virtual viável foi o Bitcoin, o qual introduziu a tecnologia Blockchain, que é uma rede em que as transações são verificadas por todos os computadores que a constituem. Dessa forma, há impossibilidade prática de fraudes e existe descentralização, visto que não há controle circulatório por uma autoridade específica. Logo, bancos e governos opõe-se a essas moedas simplesmente devido à ausência, em seu escopo, da cobrança de taxas sobre as transações. Além disso, a adesão desse sistema monetário gera certo receio por causa da falta de lastro em ouro ou outro bem físico. Essa concepção é falha pois a maior parte do dinheiro atual não o possui, dado que seu valor é garantido pelas relações de confiança entre países. De acordo com Adam Smith, filósofo britânico, trabalho é moeda corrente, logo, o poder computacional usado nas redes Blockchain garante lastro de credibilidade a elas. Para pleno aproveitamento do potencial das moedas virtuais o governo deve, portanto, aceitar sua utilização e cobrar impostos não sobre o seu movimento, mas sobre sua conversão para moedas vigentes. Desse modo, as instituições financeiras serão obrigadas a também o fazer e a sociedade poderá aproveitar os benefícios de segurança, agilidade e comodidade nas transações financeiras.