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Enviada em: 17/08/2018

Moral líquida    As relações pessoais são geralmente definidas por afinidades ou interesses, entretanto, na era em que qualquer um se expõe a atitudes muitas vezes errôneas em sua própria concepção em detrimento de ser aceito, já não é mais possível delimitar as razões por trás das convivências.     Evidentemente, os indivíduos são todos singulares, ou seja, todos são estritamente particulares em suas opiniões acerca do mundo, e únicos em relação as características, sejam essas de ordem mental ou físico. Deste modo, era de se esperar que houvessem uma infinidades de variedades das atitudes de cada um perante as diversas situações da vida. Entretanto, o que o mundo vem nos mostrando é o exato oposto, as pessoas vem abrindo mão de suas personalidades ímpares em detrimento de uma adaptação nesse ou naquele meio, se permitindo a perca do seu próprio eu em vista de uma miscigenação de características que serão usadas em cada momento oportuno.    Não obstante, essas características permitem demostrar o grau de ignorância que determinadas pessoas podem alcançar. Assim como a água ela se adapta, ou seja, não importa o meio que ela deseja fazer parte, essa abrirá mão de seus valores e de suas particularidades para simplesmente fazer parte daquele meio. Essa pessoa que abre mão de sua particularidade está dotada de uma moral líquida, ou seja, os seus paradigmas transitam de meio para meio, determinando assim um indivíduo alienado que de fato não pertence a lugar algum.     Com a falta de cultivação dos seus próprios pensamentos, não resta outra coisa se não a deterioração da sociedade, a não percepção de que o que torna belo o mundo é exatamente a singularidade de cada ser, nos caminha para um mundo massificado e com certeza chato.