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Enviada em: 07/10/2018

O equilíbrio entre tecnologia e relacionamento humano.      Nas décadas finais do século XIX, transformações econômicas e sociais propiciaram as condições necessárias para a industrialização no Brasil. Isso, por conseguinte, fez com que novas formas de relacionamento na época surgissem, como a destinação de longos períodos de trabalho nas fábricas. Hoje, no entanto, a modernização e a tecnologia são alvos de discussões frente as influências que regem os relacionamentos humanos, principalmente em âmbitos sociais e econômicos.      Em uma primeira análise, não há dúvidas de que os avanços na tecnologia influenciaram os relacionamentos sociais. Segundo o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman, em sua teoria "Modernidade Líquida" a tecnologia amplia a diluição das convivências, visto que os indivíduos passam a dar uma maior importância aos meios tecnológicos em detrimento dos relacionamentos interpessoais. Logo, faz-se necessário um olhar ativo à questão do isolamento entre as pessoas diante da modernidade.      Concomitantemente, existe um agravante: a exigência de desempenho perante os avanços da tecnologia no Brasil contribuem para agravar as relações interpessoais. Historicamente, a atividade industrial era conduzida, fundamentalmente, por um número expressivo de funcionários. Entretanto, na época atual, com os avanços da robótica a quantidade de trabalhadores é mínima e, consequentemente, influi na exigência que às empresas fazem em seus operários. Por esse motivo, vale ressaltar a importância dê-se investir na saúde laboral, uma vez que conforme a Organização Mundial da Saúde, as pressões do mercado de trabalho atuam como "gatilhos" para futuras doenças psicológicas, como ansiedade e depressão.       Entende-se, portanto, que o relacionamento humano com a modernidade e a tecnologia carecem de atenção e equilíbrio. Para alcançar essa meta, é fundamental que o Ministério da Educação e Cultura, por meio de cartilhas e campanhas junto as escolas, desenvolvam a lucidez acerca dê-se manter uma relação de equilíbrio entre tecnologia e convívio social, isto é, deixar de lado o celular enquanto realiza as refeições em grupo, a fim de valorizar a coletividade. Somado a isso, cabe às empresas investirem em um ambiente de qualidade para seus trabalhadores, por intermédio de novas políticas internas, como a flexibilização dos horários de almoço, bem como destinar trabalhos em grupo, com a intenção de melhorar as relações interpessoais e, assim, atenuar as influências negativas da globalização.