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Enviada em: 13/10/2018

Na sociedade moderna a economia é centrada no dinheiro e as relações sociais são impessoais, efêmeras e objetivas. A prosperidade e o consumo são o alvo da vida mesmo que isso custe a saúde, as relações e a ética. Portanto, o tempo atual é líquido, ou seja, tudo muda rapidamente, nada é feito para durar, para ser sólido. Por isso, torna-se necessário compreender os desafios sociais e familiares e sinalizar caminhos para a sobrevivência desses valores, eventualmente ameaçados. O período que se seguiu ao fim da Segunda Guerra Mundial foi palco de modificações rápidas e profundas de diversas características nas relações sociais, instituições dos Estados, construções culturais e várias outras configurações do mundo social que se construiu durante o período que se designou moderno. E o que ocorre hoje, é que as relações tornaram-se voláteis na medida em que os parâmetros concretos de classificação dissolvem-se. Tratando-se agora da individualização do mundo, em que o sujeito é livre, em certos pontos, para ser o que conseguir ser por meio de suas próprias forças. Assim, como dizia Zygmunt Bauman:" líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. No atual estágio líquido da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem". Ou seja, o impulso de transgressão, de substituição e de aceleração não dão ao fluxo a oportunidade de mitigar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida. Diante do exposto, é preciso que comece pela família do indivíduo a rever conceitos e valores que estão se perdendo nessa sociedade líquida. Que o Ministério da Educação também com o apoio das famílias tenha projetos nas escolas, desde a infância para incentivar a coletividade, e reduzir a competição entre os indivíduos quando se tornarem adultos, para assim, criar uma sociedade não "líquida" como disse Bauman, mas sólida, com valores apregoados na sociedade contemporãnea.