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Enviada em: 07/05/2019

"Her" é um filme americano que conta a história de Theodore, um homem solitário que se apaixona por Samantha, sua assistente virtual de seu novo computador. Não distante da ficção, no dias atuais, relações como essa são evidentes, visto que aplicativos como Tinder ou WhatsApp oferecem momentos de real interação que aproximam os usuários, e que ao mesmo tempo os tangenciam da realidade. Assim, faz-se profício debater sobre toda essa fluidez nos vínculos sociais contemporâneos.  Em primeira análise, é lícito postular que tal panorama foi causado pelas revoluções tecnológicas, que alteraram de modo vertiginoso o comportamento dos indivíduos. Dessa forma, a vida na contemporaneidade tornou-se mais impermanente, já que é mais fácil, por exemplo, mandar uma mensagem do que ir na casa de alguém conversar. Sob esse viés, o teórico Zygmunt Bauman a caracterizou como "Modernidade Líquida", uma vez que líquidos não são estáveis, assim como as relações humanas.   Partindo desse pressuposto, esse cenário corrobora para o distanciamento cada vez mais acentuado entre as pessoas, uma vez que elas estão se tornando mais individualistas e solitárias. Nessa perspectiva, as conexões pessoais ditas como superficiais e efêmeras, geram no indivíduo um sentimento de angústia, fato presente na vida do protagonista do filme. Desse modo, urge a extrema necessidade de alterações para a ocorrência de relações sociais sólidas.  Com o intuito de amenizar essa problemática, é necessário que instituições de ensino- escolas, universidades etc- atuem como agentes modificadores, através de palestras sobre o assunto que instiguem crianças e jovens até que ponto é necessária a fluidez nas relações modernas sob o viés tecnológico, majoritariamente. Assim, observar-se-ia uma população mais crítica e menos solitária, diferentemente de Theodore.