Materiais:
Enviada em: 03/07/2017

Sabe-se que a ascenção do capitalismo global e a proliferação de empresas transnacionais resultaram no estado de autoridade descentralizado. Nesse contexto, evidencia-se a modernidade líquida, na qual se caracteriza pela insegurança e a constante mudança no cenário social. Isso ocorre não só pelo fluxo de incertezas no trabalho, mas também devido à nova busca por uma identidade pessoal.   O termo "reengenharia", segundo o sociólogo Bauman, é a prática que capacita as empresas em continuar no mercado global e fazer uma redução no custo da mão de obra. Como parte desse processo, o trabalho estável tem sido substituído por contratos temporários e utilizado sobre uma força de trabalho cada vez mais móvel. Com efeito, essa instabilidade exige que o indivíduo continue sua educação, na maioria das vezes de forma autônoma, por toda a sua carreira, no intuito de se manter atualizado na sua profissão ou para garantir sua permanência no mercado de trabalho. Como consequência, tem-se paralelo à essas mudanças nos padrões de emprego um recuo do Estado de bem estar, uma vez que há uma queda na qualidade e seguranças nos trabalhos.   Outro fato que contribui para intensificar a presença do capitalismo na modernidade líquida, é o novo padrão de identidade assumido pela sociedade. À vista disso, de acordo com Bauman, a autocriação da identidade se da através do consumo, já que as fontes tradicionais, como status profissional e laços familiares, se afrouxaram na modernidade líquida. Tal afirmação é justificada pela constante valorização do poder aquisitivo do indivíduo, que consolidado com as novas tecnologias e meios de comunicação permitem uma era globalizada, disseminando uma cultura baseada no consumo desenfreado da população. Tudo isso acarreta em um ciclo sem fim de autoquestionamento, no qual coloca a própria identidade como problemática social, o que gera uma vida pautada pela ansiedade e desconforto pessoal.   Diante dos fatos mencionados, nota-se que o cenário moderno contribui para desigualdade social e problemas na saúde pública, uma vez que, segundo a teoria Malthusiana, a terra não é capaz de produzir meios de subsistência suficientes para suprir o crescimento populacional possibilitado por essa globalização. Sendo assim, faz-se necessário, através de políticas públicas com o auxílio do Estado, que as empresas promovam cursos técnicos gratuitos em regiões carentes, que capacitam os trabalhadores e possibilitam maior acesso ao mercado de trabalho, a fim de diminuir as  disparidades sociais presentes no cenário mundial. Além disso, o Ministério do trabalho e Emprego deve intensificar suas atuações e assegurar os direitos dos trabalhadores, como segurança e salário remunerado, no intuito de diminuir problemas tanto físicos e mentais quanto economicos dos indivíduos.