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Enviada em: 22/06/2017

A fusão da Modernidade      As relações pessoais em tempos de Modernidade Líquida estão se formando, como era de se esperar, cada vez mais fluídas nos últimos anos. Isto é, como moléculas da matéria fluída, muitas pessoas e, principalmente os jovens, estão adotando uma postura individualista e volátil diante das relações sociais. Porém, isso pode atrapalhar em ambientes como o escolar e ainda provocar um consumismo desenfreado. Em síntese, é necessário intervir para que a ainda mais nova modernidade não interfira de forma negativa nas interações ou no estilo de vida dos indivíduos.     No contexto da Modernidade Líquida, apresentada inicialmente pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, as relações em sociedade estão se tornando fluídas, instáveis, como moléculas que compõem um gaz. Essa nova estrutura das relações pode e vem configurando jovens cada vez mais individualistas, introspectivos e difíceis de lidar, pois não têm facilidade para conversar abertamente sobre o que estão sentindo. Assim, em um contexto como o escolar, essa dificuldade de se relacionar pessoalmente pode  atrapalhar no envolvimento de alunos em aulas, brincadeiras e até na formação de laços mais sólidos como as amizades pessoais, que parecem estar ficando para trás quando comparadas às virtuais.      Se, durante a época Renascentista, as ideias iluministas contextualizaram a modernidade sólida, essa passou por um processo de fusão no qual a tecnologia e a globalização foram os principais agentes. Com um mundo mais desenvolvido tecnologicamente e descrito como uma "aldeia global", as diversas formas de consumo transformam-se cada vez mais e, em um contexto social que muda em um ritmo hiperveloz, os jovens, que procuram aceitação, vêem-se compelidos a consumirem cada vez mais pois estão diante do conceito de "ter em detrimento do ser" e, ainda, da necessidade de ter para ser, inclusive, aceito pela sociedade. Assim, como disse Karl Marx: "A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas".        Por isso tudo, faz-se necessário que a coordenação das instituições de ensino incentive, através de brincadeiras e atividades em grupo, a interação entre alunos e, também, para com os professores, pois assim eles poderiam, inclusive, provocar maior interesse do aluno pelo estudo. É importante, ainda, que as escolas tenham sempre ao seu dispor um psicologo para ajudar estudantes com dificuldade em se relacionar. É fundamental, também, que haja aulas de educação financeira e que sejam mais abordados em aulas de sociologia e filosofia temas como globalização, seus efeitos e o estudo das relações pessoais. Assim, a modernidade poderia voltar em seu processo de solidificação.