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Enviada em: 14/09/2017

Os efeitos das relações líquidas contemporâneas    "Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar." É uma das frases mais famosas do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, refere-se ao mundo atual propenso a mudar com rapidez e faz uma analogia com o fluído pois, de acordo com ele, não mantêm sua forma com facilidade. Nesse sentido, é preciso analisar como o ser humano interagiu com as próprias relações pessoais diante dessas constantes transformações.    Precipuamente, visualiza-se como problemática perceptível na contemporaneidade a proliferação dos relacionamentos virtuais. Com as tecnologias, é possível desfazê-las com a mesma facilidade com que são feitas. O maior exemplo disso são as redes sociais, que vêm se sobrepondo ao contato com o próximo, o simples ato de clicar em um botão pode começar ou terminar uma amizade. Por consequência, as relações não se tornam firmes, gerando indivíduos cada vez mais solitários.    Outrossim, pode-se analisar a vulnerabilidade dos envolvimentos afetivos. Atualmente existe uma variedade de tipos de relacionamento, e a duração do prazer entre eles se tornou sua durabilidade. Prova disso, são os términos de uma relação quando o prazer faz-se de passagem. Em virtude disso, a incerteza diante da duração das relações gera ansiedade, a união deixa de existir, substituindo por outra, sem importar com os sentimentos do outro.       Destarte, é necessária a aplicação de uma força para o problema sair do estado de inércia. O combate à liquidez das relações interpessoais deve se tornar um efetivo a fim de conter o isolamento social, angústia e ansiedade, causado por elas. É papel das instituições de ensino, estimular o interagimento entre os alunos para tornar suas relações mais firmes e duradouras. Ademais, cabe à midia gerar exemplos de ficção engajada que difundam bons exemplos de relacionamentos sólidos mostrando sua importância e assim evitando sua banalização.