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Enviada em: 10/07/2017

Os avanços tecnológicos, frutos da Revolução Industrial, encurtaram distâncias no mundo, aumentando sua conectividade. No entanto, a solidez das relações pessoais caminhou no sentido inverso. À medida que os contatos aumentavam, o tempo dedicado aos relacionamentos reduzia-se, tornando-os superficiais e transitórios. Essa fragilidade tem contribuído para o aumento da incidência de problemas psicológicos na sociedade moderna.       Atualmente, com a mesma facilidade que se cria um laço afetivo, o mesmo se desfaz. Tal fenômeno, descrito na obra "modernidade líquida" do sociólogo Zygmunt Bauman, tem gerado um estado de insegurança constante nos indivíduos. Associados à insegurança, surge a tensão e o medo que são apontados como importantes fator de risco para o desencadeamento de problemas psicológicos, como a depressão e a síndrome do pânico.       Dentre as mais graves consequências desses transtornos está o suicídio, cuja incidência vem aumentando especialmente dentre os jovens. No ano de 2017, o mundo ficou perplexo quando diversos adolescentes tiraram a vida ao aderirem ao jogo virtual baleia azul. Essa situação evidenciou a fragilidade das relações familiares, visto que os pais da vítimas, imersos em seus próprios problemas, não foram capazes de identificar comportamentos anômalos  dentro de suas próprias residências.        Fica claro, assim, que para evitar esses problemas, a sociedade precisa se unir para retornar ao estado de solidez dos relacionamentos. Com esse intuito, os governos estaduais e municipais devem promover oficinas ministradas por psicólogos nas escolas, onde serão trabalhados os laços afetivos. Ainda, a mídia promoverá campanhas publicitárias voltadas aos pais, estimulando-os à dedicarem diariamente 30 minutos exclusivos aos filhos para fortalecer o vínculo pais-filhos. Dessa maneira, as relações pessoais podem se solidificar e a incidência dos problemas reduzir-se-a.