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Enviada em: 24/07/2017

Relações sem rótulos, sem compromisso, sem forma, sem consistência, sem importância, relações fluidas: a modernidade líquida. Com alguns adjetivos já é possível descreve-la com clareza, assunto comentado e muito bem explicado pelo sociólogo Zygmunt Bauman. Devido a evolução da sociedade com a globalização, houve transformações nas relações interpessoais. No entanto, como analisar e refletir sobre esse assunto de escala mundial? Primeiramente, deve-se explorar as relações sociais antes mesmo da globalização para a partir desta, considerar suas remodelagens. Em meados do século V a.C na Grécia antiga, era possível perceber em Atenas as relações sólidas e bem estruturadas em uma sociedade de alta organização e planejamento, onde o único objetivo era firmar um casamento e construir uma família, para só então passar a frente seus legados. Sendo assim, esse vínculo foi se mantendo por séculos até as significativas mudanças que ocorreram a partir da globalização e da revolução técnico-científica, nas quais pode-se citar o meio de comunicação e a facilidade com que as relações passaram a ser construídas até mesmo a distância. A partir de então, observou-se o início da fluidez nos relacionamentos que começaram a se formar de maneira inconsistente. Em consequência disso, vê-se frequentemente casamentos sendo desfeitos com facilidade e desinteresse do assunto por parte dos jovens. Além disso, o verbo "ficar" que ironicamente não atende o seu real significado, passou a exprimir valor de relacionamento temporário e imperar no meio juvenil. Em virtude dos fatos mencionados, verifica-se como as relações sem forma tomou a sociedade atual. Desse modo, é importante a ação das escolas por meio de palestras e orientações sobre importância de vínculos sólidos e confiáveis, de difícil quebra. Ademais, é relevante o trabalho da mídia conscientizando com programas que deem espaço ao debate do tema.