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Enviada em: 13/09/2017

A fluidez e a solidez    " Às relações pessoais na contemporaneidade são marcadas pela ausência ou pela fragilidade dos vínculos". É desse modo que o sociólogo Bauman traça o caráter das relações pessoais no presente século. Diante desta constatação é, pois, vital averiguar essa peculiaridade na sociedade para assim se construir meios eficazes de se lidar com isso.   As ideias iluministas de liberdade individual talvez tenham tido seu sentindo subvertido ao ponto de as pessoas considerarem apenas a si mesmas quanto dos relacionamentos interpessoais. E isso pode ter contribuído para a falta de compromisso e responsabilidade pelo outro, ajudando a culminar nessa sociedade do líquido.  Prova dessa liquidez é a forma como as pessoas interagem no aplicativo "Tinder" , por exemplo.   Em decorrência desse novo modo de se relacionar advém uma sociedade baseada no efêmero que por conseguinte pode acabar por fragilizar as relações interpessoais. E isso, por sua vez, pode culminar em problemas sociais complexos como a baixa coesão social que pode ainda favorecer conflitos, podendo até mesmo aumentar o índice de violência.   Depreende-se, então, que os vínculos interpessoais estão mais frouxos o que pode levar a danos sociais graves. Para atenuar tal fato, é vital a atuação da coletividade e até mesmo de outras instituições sociais. Sendo assim, as escolas devem ensinar sociologia às crianças mostrando-lhes a importância da coesão social. Ainda, o ministério da educação e instituições privadas devem fomentar campanhas midiáticas, via meios digitais, que também ensinem valores como  cooperação e compromisso. Por fim, a família precisa demostrar esses valores no dia a dia das crianças para que estas cresçam em um ambiente de laços sólidos e com isso possam solidificar suas relações vindouras. Só assim, conjuntamente, será possível uma adaptação a esse novo modo de viver.