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Enviada em: 08/10/2017

O notável Dostoiévski, um dos maiores escritores russos, considerou que todos somos responsáveis por tudo sobre todos. Tal concepção é coerente na atual situação do Brasil, em que a sociedade tem a responsabilidade sobre as relações sociais na modernidade e suas implicações. Desse modo, a problemática é fomentada por conta do sistema capitalista.  É certo, dizer que a Revolução Técnico-científico-informacional disseminou os meios de telecomunicações e informação. Nesse sentido, o fator tornou as relações interpessoais superficiais, em razão da garantia da comunicação mesmo com o afastamento físico entre pessoas. Dessa maneira, o distanciamento provocou o individualismo e com isso os problemas públicos e a política são descasados da ação individual. Esse fato ocasiona problemas como: atitudes apolíticas, infração às leis, corrupção, preconceitos e segregação social.   Outro fator agravado pelos meios de comunicação e pelas relações líquidas é  a saúde psicológica dos indivíduos. Tal afirmação comprova-se, pois as redes sociais possibilitam um  número exorbitante de amigos, em que não há contato físico considerável com a grande maioria. Para Aristóteles, filósofo grego, era impossível ter mais do que cinco amigos íntimos ao mesmo tempo, não se pode dizer o mesmo em tempos de Facebook. Com isso, observa-se que as relações líquidas impedem que as pessoas se relacionem verdadeiramente entre si, levando-as, muitas vezes, a solidão e a depressão.    É imprescindível, portanto, notar que as relações líquidas ocasionam problemas sociais e psicológicos. Logo, cabe ao Ministério da Educação, junto as escolas públicas e privadas, estimular nas crianças e nos jovens, que são os mais atingidos por esse fenômeno, o desenvolvimento de um senso crítico, por meio de palestras, mostrando os problemas que a internet pode gerar nas suas relações interpessoais. Somente assim, a sociedade que Dostoiévski ditá será responsável por retificar a ideia contemporânea de relacionamento.