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Enviada em: 05/10/2017

Consumismo a nível pessoal.           O mundo vivencia uma constante dinamicidade nas relações pessoais, do século XXI. O sociólogo polonês Zygmund Bauman repensa essa dinâmica como à forma de um mundo líquido. Entretanto, a falta de estabilidade e segurança nos relacionamentos, provocadas por esse novo modo de pensar, geram angústia e perda dos valores inerentes á vida em sociedade.           A globalização, aliada à difusão dos meios comunicativos, atualmente, promove o aumento exponencial dos usuários de redes sociais virtuais. Para Bauman, a socialização virtual caracteriza-se pelo fácil acesso e pouco risco, sendo que, em casos de desconforto, a desconexão é viável. Isso provoca uma fragilidade nos relacionamentos que abala o espírito humano, provocando angústia e insegurança nos seus usuários. Um exemplo da dinâmica relacional atual, é o "ficar" dos jovens, em que a despreocupação com o compromisso leva à instabilidade nos relacionamentos, cada vez mais presentes.           Além disso, o sociólogo afirma que a alteração dos valores nas relações se devem, também, à crescente promoção do ensino à vida em uma sociedade de consumo. Desde a mais tenra idade, pessoas aprendem a importância do dinheiro e, sobretudo, como consegui-lo através de atos individuais. A individualidade se baseia no desprendimento de relações sólidas com outras pessoas, a fim de se buscar as melhores chances de sobrevivência no mundo atual. Portanto, é necessária uma priorização, no ensino, à valores voltados ao ser humano, ao contrário do dinheiro, que causa, de acordo com Bauman, uma "fome" insaciável. Além da promoção à sustentabilidade, isso fará com que as relações humanas sejam realçadas, desfocando disparidades econômicas na sociedade.           Sabe-se que o mundo onde se vive passa por transformações constantes em suas bases ideológicas. Por isso, é necessária a solidificação dos valores inerentes ao ser humano, como forma de se diminuir a angústia provocada pela insegurança nos relacionamentos interpessoais. O ensino de valores que contrariam o consumismo exacerbado, assim como o ensino das consequências do vício no mundo virtual, nas escolas, conscientizaria jovens para a importância do mundo real nas decisões de suas vidas, e formaria cidadãos mais preparados para enfrentar suas relações futuras. Tudo isso resultaria, a longo prazo, em uma sociedade mais preocupada com suas bases ideológicas, e menos suscetível à mudanças radicais, trazendo equilíbrio e segurança à todos, no país.