Enviada em: 08/10/2017

Segundo Zigmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. Nesse contexto, a sociedade contemporânea por estar subjulgada à lógica do descarte, implantada pelo consumismo, reflete a realidade retratada por Bauman, uma vez que os relacionamentos estão se comportando conforme o mercado capitalista, ou seja, de forma superficial e descartável.        Em vista disso, a música Senhor Cidadão do compositor Tom Zé, busca retratar essa realidade, citando em seus versos o distanciamento entre os indivíduos. Partindo desse pressuposto, a sociedade brasileira contemporânea demonstra a alienação ao consumo, ou seja, estão desejando mais bens materiais ao invés de procurar construir relações com outros indivíduos. Em vista disso, o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) divulgou números que atestam essa fluidez nas relações humanas: Os casamentos duraram cerca de 15 anos no ano de 2012, o que representa uma queda no tempo da solidez do matrimônio, pois, em 2007, esse número estava em 17 anos.        Em contrapartida, vale ressaltar que a problemática em questão não iniciou no século XXI. O que atesta essa afirmação é a peça "A Casa de Bonecas" escrita por Henrik Ibsen, em meados do século XIX. Essa obra representa como as relações humanas foram modificadas com o surgimento do Capitalismo Industrial, e que a personagem principal é tratada como um enfeite, ou seja, uma boneca que se referem à ela somente de maneira superficial, como acontece nas relações atuais, não se importando com os sentimentos do outros. Dessa forma, a peça provocou uma reflexão em seus telespectadores, e atenuou a fluidez nas interações sociais, demonstrando a importância da arte como ferramenta de solução social.      Por conseguinte, para que seja possível a diminuição desse problema, o Governo Federal deveria atuar em conjunto com a sociedade e ONGs (Organização Não Governamentais) que são voltadas para a arte de rua. O Governo atuaria repassando a verba para essas Organizações, que implantariam o estudo do grafite. Desse modo, os alunos praticariam juntos, criando painéis e aprendendo a importância de relações sociais sólidas na vida em sociedade.