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Enviada em: 02/11/2017

Émile Durkheim, em sua teoria do "organismo vivo", afirmou que a sociedade é como um corpo, composto por diferentes partes, com funções específicas, mas dependentes uma das outras. Contudo,  as relações pessoais cada vez menos profundas agem como um tumor nesse corpo social, não realizando assim a integração entre os segmentos desse "organismo biológico".       "Tudo é temporário, a modernidade - tal como os líquidos - caracteriza-se pela incapacidade  de manter a forma", afirmou Zygmunt Bauman. O mesmo acredita que as relações interpessoais têm se  tornado gradativamente mais líquidas e menos sólidas. Com o advento da internet, a teoria do  sociólogo tem se confirmado, mostrando um mundo no qual as relações são cada vez mais fúteis e supérfluas, cujo medidor de felicidade se encontra na quantidade de amigos que alguém possui em  uma rede social - os quais em alguns casos não possuem vínculos afetivos - e também na quantidade de "likes" nas publicações.       Ademais, esse individualismo criado pelas relações superficiais tem gerado muitas consequências,  entre elas estão o transtorno de ansiedade e consumismo excessivo. Esse distúrbio tem sido caracterizada como mal do século - e é causada inclusivamente por privações sociais constantes  somadas ao estresse. Para lidar com as dificuldades estabelecidas pelas doenças psicopatológicas, o  homem tem deixado a ajuda profissional e buscado preencher as lacunas das relações líquidas com compras de bens materiais. Graças ao sistema capitalista, que possui uma ótima estratégia de  marketing e vários mecanismos influenciadores, as pessoas têm acreditado cada vez mais que comprar mais significa satisfazer-se mais.       Portanto, é imprescindível que medidas sejam tomadas para contornar essa situação. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde, junto com as secretarias de saúde municipais, oferecer consultas e acompanhamentos psicológicos mensais, nas residências dos cidadãos, buscando assim  uma diminuição dos casos de transtorno de ansiedade e assegurando a saúde mental das pessoas; como conseguinte, tem-se a garantia de um controle do consumo excessivo. As escolas também  possuem um papel importante nessa questão; elas, associadas ao Ministério da Educação, deve inserir em suas grades aulas e palestras sobre interações sociais dentro e fora das redes virtuais, visando uma política de vínculos emocionais, duradouros e afetivos, desde a infância até a vida adulta, com o intuito de formar uma sociedade melhor - mais coletivista, possuidora de empatia e menos individualista.