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Enviada em: 09/11/2017

Estruturas de relações sociais                    Se analisado os relacionamentos contemporâneos que ocorrem entre as pessoas, constata-se a fluidez deles, que afeta tanto a duração quanto a intensidade. Zygmunt Bauman, um conceituado sociólogo, desde logo denomina este processo como modernidade líquida, pois os vínculos sociais são voláteis e geralmente interpessoais, em que o indivíduo enclausura-se a si próprio.                   É de conhecimento sociológico de que a mudança na estrutura da sociedade, no sistema econômico ou político leva a transição de comportamentos dos grupos sociais e suas respectivas relações, assim como natural mudança na estruturação de instituições sociais e grupos. Se contrasta épocas diferentes para fins de comparação quanto as características da comunidade. Com a urbanização e êxodo rural, o homem se torna mais recluso dentro de sua própria moradia, não há mais vínculos externos pessoais, o sentimento dá lugar a racionalidade. A vida se torna um constante ciclo repetitivo diário. A população é programada para seguir estágios, com iniciação, intermédio e término. A tecnologia sucede-se para preencher qualquer emoção que se foi deixada há décadas, em seus ancestrais.                Mesmo com avanços das classes, e a liberdade constituída pelos Estados sendo de proporção maior a considerada em outros períodos históricos, a conquista dada se torna frustada. Angustias aparecem em uma população que não conhece como usufruir de um mundo globalizado, totalmente interligado,onde há aumento de comunicação e entretanto, distanciamento de relações.             Os vínculos solidificam a partir do conhecimento de si mesmo, então é construído relacionamentos sólidos quando os indivíduos não mais se enquadram em características consideradas modernas, de uma sociedade atual desregulada, quando se livram de frivolidades uns com outros. E então o ciclo diário é finalmente suspenso.