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Enviada em: 20/03/2018

Na compreensão budista, é na busca da felicidade que reside a sua falta.Isso porque, quando o indivíduo, finalmente, conquista o que desejava, ao invés de descansar na plenitude, passa a querer coisas novas.E vive, assim, um ciclo constante de insatisfação.A sociedade de consumo atual remete à ideia anacoreta, pois busca-se o júbilo na compra. Porém, como os objetos produzem prazeres efêmeros e logo são descartados, o que resta é a incompletude. O agravante dessa situação é que esse modo de vida além de diminuir o valor do indivíduo, tornou as relações interpessoais líquidas- não duradouras- e vazias. Dessa forma, para se esquivar dessa conjectura e viver bem, é necessário o autoconhecimento.      A era digital trouxe consigo a possibilidade de novas experiências como a amizade do "facebook".Na perspectiva do sociólogo Zygmunt Bauman, devido à facilidade de se desconectar, esse tipo de interação é um atrativo.Haja vista que o traumático processo do rompimento de relações torna-se simples.Todavia, para perceber que isso aniquila os laços humanos, basta observar que os casamentos não duram mais como em antanho.    Vazias de relações sólidas- duradouras; que dão segurança-e solitárias em meio a multidão, as pessoas buscam se preencher com a compra e permanecem mal.Bauman sugere em seu livro "44 cartas do mundo líquido" que as lojas deveriam ser autorizadas pelas agências de saúde, ao se considerar que foram transformadas em farmácias.      Portanto, para que se resolva a problemática, é necessário que os professores, da área de ciências humanas, estimulem seus alunos a se inscreverem em canais do "youtube" que falam sobre assuntos filosóficos e sociológicos. Posto que, lá encontrarão material enriquecedor e de fácil entendimento.Assim, quando o povo retornar à socrática, irá entender o "conhece a ti mesmo", de modo que ao praticá-lo, saberá o que realmente deseja e onde está sua alegria genuína.Logo, irão se esquivar de relações rasas, consumo atrelado ao preenchimento do ser e tornar-se-ão autores de suas próprias histórias.