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Enviada em: 02/04/2018

Segundo Bauman, sociólogo e filósofo polonês, vivemos em tempos líquidos, nada é para durar. O termo líquido faz alusão a fluidez e facilidade de mudar de forma, pois, há uma maior liberdade entre suas moléculas. E se refere, principalmente, aos relacionamentos pessoais. De fato, não se torna hiperbólico a afirmação de Bauman, os relacionamentos deixaram seu estado sólido, sendo as principais confirmações dessa veracidade o descarte e a efemeridade.      Primeiramente, a degradação nos relacionamentos pode ser aliada ao utilitarismo. Assim como os objetos de consumo, as pessoas passaram a atribuir valores para si mesmas ou deixarem os outros o fazerem. Tudo se faz vendável, até mesmo a própria felicidade, afirma Erich Fromm. O significado do ser é totalmente abandonado quando se tem o ter, que é o principio quantitativo, também estudado por Fromm. De modo que não importa a essência, mas o que a pessoa tem a oferecer. A modernidade atual pode ser comparada a diversos objetos descartáveis que servem até um breve momento.       Além disso, a brevidade nos relacionamentos complementa o descarte. É melhor a conexão em vez da relação. A conexão que se carateriza como algo de pouca duração é uma resposta ao crônico medo do abandono. Pode ser notado na preferência que as pessoas dão aos relacionamentos virtuais, já que não se faz necessário um maior comprometimento, assim também como o "ficar", termo designado ao ato de beijar sem encargo, que reflete o mesmo significado. Existe uma grande necessidade de um exagerado individualismo, de uma liquidez.         Por conseguinte, medidas interventivas são necessárias para alterar esse cenário. Compete a cada indivíduo, ciente dos atos que colaboram para esse panorama, mudar de postura. A mídia, grande influenciadora, deve auxiliar nesse processo, com motivações e reflexões acerca do assunto, através de redes sociais ou cartazes para que essa situação possa ser amenizada e as pessoas recuperem a real essência particular.