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Enviada em: 12/10/2018

Com o crescimento econômico, aliado aos avanços da medicina e da urbanização, têm se notado um aumento na expectativa de vida no Brasil. Esse aumento, juntamente com a diminuição dos índices de natalidade, propicia o envelhecimento da população, assim como observado em países desenvolvidos da Europa. No entanto, os idosos em geral são negligenciados no Brasil, devido ao despreparo do Estado e da sociedade civil em atender as necessidades dessa população, situação que tende a piorar com o contínuo aumento da esperança de vida.   Primeiramente, apesar da existência do Estatuto do Idoso que possibilita a manutenção da cidadania dessa faixa etária, devido à falta de fiscalização e políticas públicas que efetuem essa lei a violência contra esses direitos permanece: dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que no Brasil, um idoso é agredido a cada dez minutos. Esses abusos, tanto psicológico como físico, além do abandono, impossibilitam uma vida digna a essa parcela da população que cresce cada vez mais no Brasil, fazendo- se necessário um preparo da sociedade para esse futuro cenário.  Ademais, a cultura brasileira de desrespeito aos idosos contribui para o aumento dos casos de violência e exclusão dessa faixa etária da vida em comunidade, prejudicando sua permanência por mais tempo no mercado de trabalho e seu acesso a atividades de lazer e cultura. Essa visão do estereótipo do idoso pelo maioria da população contribui para o isolamento das pessoas da melhor idade, que de outra forma poderiam contribuir como parcela economicamente ativa da sociedade e ter seus direitos efetivados.  Se faz necessário, portanto, o preparo da população brasileira para o aumento da expectativa de vida e crescimento da população idosa. Para isso, as prefeituras devem efetuar o Estatuto do Idoso através de políticas públicas, tais como incentivo para a inclusão no mercado de trabalho, opções de lazer e serviços adaptados a esse grupo e cuidado pelo bem estar, tanto a saúde como fiscalizar a garantia dos seus direitos e verificar denúncias de negligência. Ademais, a mídia e as escolas devem contribuir para a desconstrução do estereótipo do idoso e incutir o respeito nas crianças, propiciando que essa parcela da população seja efetivamente incluída na sociedade.