Materiais:
Enviada em: 22/05/2018

É de conhecimento geral que a promoção da saúde dos idosos é um dos programas mais importantes para o desenvolvimento da sociedade. É mediante a efetivação dos direitos sociais que um país cresce. Nesse contexto, é indispensável salientar que o avanço da medicina e o aumento da qualidade de vida nas cidades foram os maiores aliados para o aumento da expectativa de vida no Brasil. No entanto, as comunidades marginalizadas - carentes de programas sociais - não testemunharam tais avanços. Diante disso, vale discutir a administração pública para a promoção da saúde dos idosos e os contrastes da desigualdade social, bem como a atuação do Estado de modo a solucionar esse impasse.     A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - garante saúde de qualidade, saneamento básico e escolaridade, todavia, o Poder Executivo não efetiva esses direitos de modo imparcial. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo, se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil. Quanto a essa questão, é notório que há regiões mais privilegiadas do que outras. Um exemplo que ratifica essa ideia está presente no contraste da expectativa de vida entre o Estado de Santa Catarina - 78,4 anos - e o Estado do Maranhão - 70 anos. De maneira análoga, é possível perceber que, por falta de administração e de fiscalização pública, por parte de algumas gestões, a expectativa de vida dos idosos em algumas regiões ainda é baixa.    Outro ponto relevante, nessa temática, é a priorização do desenvolvimento social em algumas regiões em detrimento de outras. Seguindo essa linha de raciocínio, quando Alexander Fleming desenvolveu o antibiótico Penicilina, o Governo do Reino Unido exigiu que a descoberta científica fosse exclusiva de Londres, para promover o desenvolvimento econômico da região por meio da chegada dos migrantes, ao invés de abastecer outras províncias com o medicamento. Esse pensamento datado de meados da década de 1940 está intrinsecamente ligado à atual realidade brasileira. Dessa maneira, a desigualdade social continua alta no Brasil. Sendo assim, uma mudança nos valores sociais do Governo é imprescindível para transpor as barreiras da desigualdade.     Fica evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um país melhor. Para isso, o Ministério da Saúde deve criar um programa assistencialista, de modo a compensar as carências da comunidade - saneamento básico, medicamentos e escolaridade; com isso, as regiões mais necessitadas serão as mais beneficiadas, de modo a regular as oportunidades e aumentar a expectativa de vida. Com tais medidas, será possível, por fim, garantir qualidade de vida para todos os cidadãos brasileiros.