Materiais:
Enviada em: 11/05/2018

Longevidade em foco: Uma questão de planejamento e organização social              Desde a campanha de erradicação da varíola, proposta pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, em 1904, percebe-se que há uma preocupação maior dos setores governamentais com a saúde pública nacional. Esse cenário propiciou um aumento considerável na expectativa de vida dos brasileiros, fato que proporciona uma transformação no setor econômico e cultural do Estado, sendo, portanto, relevante sua análise aprofundada.                Primordialmente, nota-se que a pespectiva de mercado para essa faixa etária é de crescimento promissor. Nesse viés, as oportunidades empresariais voltadas para os idosos vão desde academias e atividades de lazer a empreendimentos turísticos com viagens programadas. Essa conjuntura corrobora a influência exercidade pelo aumento da longevidade, no que tange à esfera econômica globalizada, proporcionando a geração de empregos e diversificação da economia do país.               Contudo, o aumento da expectativa de vida também vem acompanhado de inúmeros obstáculos, destacando-se a precariedade do Sistema de Saúde, e a ineficácia mobilidade urbana nacional. No que se refere aos postos e hospitais públicos, constata-se uma superlotação ascendente proporcionada pelo aumento do número de idosos, uma vez que essa faixa etária é a mais vulnerável ao desenvolvimeno de doenças gerais. Ademais, a infraestrutura precária dos transportes coletivos, somada a ruas e avenidas esburacadas, intimidam o deslocamento de idosos pelas vias citadinas, pois sua fragilidade óssea aumenta o risco de acidentes com fraturas graves.                  Diante do exposto, verifica-se que a longevidade se manifesta como um fator positivo, sendo necessária a adoção de medidas para solucionar alguns entraves suscitados. Para que isso se efetive cabe ao Governo Federal, atuando por meio do Ministério da Saúde, disponibilizar mais vagas de residência médica nos hospitais públicos, a fim de que profissionais recém-formados possam adquirir experiência e agilizar os atendimentos hospitalares. Além disso, as ONG’s esportivas devem incentivar a realização de exercícios físicos pelos idosos, tendo o apoio da família para organizar campeonatos e atividades específicas, as quais devem atender a fragilidade física da terceira idade, para evitar danos futuros. Com a efetividade de tais medidas, poder-se-á garantir qualidade de vida a quem muito já contribuiu para o crescimento do país.