Materiais:
Enviada em: 28/06/2018

Viver mais e com qualidade       Leonardo da Vinci, gênio renascentista, ao dissecar cadáveres adquiridos ilicitamente devido ao controle da igreja medieval, contribuiu para o avanço da medicina; ciência responsável pelo crescimento exponencial da expectativa de vida do homem. No contexto brasileiro, a redução da mortalidade entro os indivíduos deve ser comemorada com ressalvas, pois, qualquer avanço nessa área exige que a estrutura estatal seja capaz de dispor saúde e qualidade de vida a todos os cidadãos, pelo período integral de sua existência.        Para contextualizar, o "envelhecimento celular" é um conceito oriundo da biologia e prega o encurtamento dos telômeros, extremidade dos cromossomos, devido a mitose; assim sendo, as células apresentam uma válidade natural que uma vez ultrapassada, acarreta em maior suscetibilidade a doenças. Nesse sentido, um ônus do aumento do tempo de vida dos brasileiros é a sobrecarga dos hospitais, visto que, o amadurecimento da população tem como prerrogativa a reorganização do sistema público de saúde, para que seja capaz de lidar com as atuais demandas do povo de forma digna.       No panôrama político, o início dos anos 2000 na América do Sul foi marcado por um fenômeno denominado "onda vermelha", em que partidos populistas alcançaram o poder. No Brasil, após quatro mandatos suscessivos de um único partido, o modelo populista entrou em declínio e encontrou seu fim com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, principalmente pelo esgotamento da população em não ter os tributos pagos retornados em serviços públicos eficazes. Dado o exposto, o aumento da expectativa de vida implica em indivíduos contribuindo com a manutenção da aparelhagem estatal por mais tempo, assim, a necessidade por qualidade de vida é uma demanda que persiste.       Em conclusão, para que as descobertas de Leonardo da Vinci em prol da medicina resultem, no caso brasileiro, na síntese necessária entre aumento da expectativa de vida, qualidade na vivência e saúde, medidas devem ser tomadas. Portanto, a sociedade cívil deve, por meio das redes sociais, organizar-se para fiscalizar a administração dos tributos, no intuito de garantir sua conversão em benefícios aos populares e consequente melhora na qualidade de vida; em outra frente de ação, o Ministério da Educação deve consentir com a abertura de novos cursos de medicina, pelas universidades, com intenção de formar mais médicos e assim potencializar a saúde pública do país.