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Enviada em: 11/07/2018

" Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida". A frase proferida pelo filósofo suíço Henri Amiel infere sobre este fenômeno global: o envelhecer. Em países desenvolvidos, o envelhecimento populacional ocorreu em um cenário socioeconômico favorável e garantiu um planejamento eficiente. De maneira oposta, no Brasil, o aumento da expectativa de vida tem trazido grandes desafios e impactado as políticas públicas. Nesse contexto, cabe analisar como o envelhecimento afeta as políticas de previdência social e o sistema de saúde no país.   Inicialmente, cabe ressaltar que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030 haverá mais jovens do que idosos no Brasil. Ademais, a inversão no perfil demográfico representa, significativamente, uma organização estratégica na previdência social. É inquestionável que envelhecimento populacional requer maiores gastos com aposentadorias e pensões e necessita estar, consideravelmente, melhor estruturado e  mais igualitário.   Além disso, o aumento na expectativa de vida brasileira ocasiona, substancialmente, uma demanda maior aos serviços de saúde. Nesse âmbito, segundo o Estatuto do Idoso, no Artigo 15, é assegurada a atenção integral à saúde do idoso. Não há dúvidas de que os serviços de saúde são, estatisticamente, responsáveis pela promoção da saúde dos idosos e precisa estar estruturado para atendê-los.   Dessa forma, para proporcionar um envelhecimento com sabedoria, como preconiza Henri Amiel, é necessário, portanto, maior atuação do Estado. Nesse sentido, o Governo Federal deve, por intermédio do Congresso Nacional, criar uma Política de Atenção Integral aos Idosos, por meio de orçamento dedicado, especialmente, às áreas mais vulneráveis como a previdência social e a saúde, para que seja assegurada a estabilidade financeira e a qualidade de vida dos idosos. Espera-se, com isso, garantir o envelhecer saudável e planejado a esta parcela da população com maior crescimento nas últimas décadas.