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Enviada em: 29/08/2018

O poema "Retrato", de Cecília Meireles, relata a perspectiva negativa da autora diante da velhice, pois é uma fase vista, geralmente, como de solidão. Nesse sentido, a terceira idade que remetia a uma etapa triste, hoje, mesmo com os avanços da ciência e do aumento da expectativa de vida, ainda enfrenta limitações ligadas ao preconceito. Sendo assim, deve-se analisar as causas da elevação desse grupo do país e buscar soluções que visem uma fase da vida com respeito e qualidade.     Em primeiro plano, vale destacar que o avanço da medicina foi essencial para o processo do aumento de esperança de vida do idoso. É sabido que a priorização de programas de saneamento básico e vacinação culmina na longevidade da população, além de trazer benefícios para a economia do país. Entretanto, quando não há esse investimento a expectativa de vida diminui drasticamente, a exemplo dos dados do IBGE, relatando que em Santa Catarina tal perspectiva ultrapassa os 77 anos, enquanto no Maranhão chega aos 70, confirmando com essa combinação.      Outro fator a ser mencionado é o descumprimento do Estatuto do Idoso, em especial pelos jovens. Esse decreto prevê direitos, como saúde, cultura e transporte, porém é nítido que os mais novos discriminam os idosos por verem o grupo como inúteis e frágeis demais para contribuir com algo socialmente. Essa visão é reforçada, geralmente, pela mídia que através de novelas, mostra os idosos como dependentes da família ou inválidos.       Por tudo isso, desconstruir essa imagem improdutiva dos mais velhos é fundamental. O Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve incluir na grade curricular o debate sobre a terceira idade, quais as necessidades, os preconceitos sofridos, a realidade atual sobre emprego e saúde, por meio de documentários, trabalhos avaliativos e pesquisas com o grupo, visando a formação do senso crítico do aluno e da comunidade sobre o respeito aos idosos. Ademais, as Secretarias de saúde municipais, devem realizar projetos de saneamento em locais mais pobres, através de ouvidorias nos bairros, buscando uma melhor qualidade de vida.