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Enviada em: 31/07/2018

A Segunda Guerra Mundial, encerrada em 1945, impulsionou o avanço da ciência nas grandes potências, o que resultou, principalmente, no desenvolvimento da medicina. Essa evolução foi responsável por uma importante questão da atualidade: o envelhecimento populacional. No Brasil, o assunto representa um grande desafio, como consequência da exclusão do idoso e a inadaptação a nova realidade.       O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aponta o fenômeno a pirâmide etária invertida como uma das maiores preocupações acerca do futuro, já que indica que a população velha será maior do que a restante dentro de algumas décadas. A previsão é uma ameaça a economia devido ao risco de escassez de mão-de-obra qualificada com o envelhecimento da população, culpa da marginalização por parte do mercado de trabalho em relação ao idoso. Atualmente, o indivíduo na terceira idade não consegue ser empregado em virtude do preconceito presente no mercado, que considera o profissional mais velho incapaz de atender a demanda oriunda das novas relações de trabalho. A relação acaba por prejudicar consolidação dessa classe e, posteriormente, o futuro do país.       Segundo o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, a juventude é a época destinada ao estudo da sabedoria, enquanto a velhice é a fase de exercê-la. No entanto, o Brasil não oferece a estrutura necessária para concretizar sua visão. Atualmente, o país não apresenta condições que permitam contornar as dificuldades relacionadas a terceira idade, como a saúde frágil e as limitações físicas, impedindo que esse grupo goze de uma qualidade de vida satisfatória e pratique sua cidadania. É de suma importância a sociedade se adapte a essa camada fundamental da população, uma vez que, em algum momento, quase todos farão parte dela.       Urge, portanto, buscar por soluções que garantam a integração e bem estar de todas as gerações. Primeiramente, o Ministério da Educação deve investir na criação de cursos técnicos e preparatórios direcionados a terceira idade, com uma didática e grade curricular de acordo com as necessidades dessa comunidade, permitindo que essas pessoas se adaptem as novas dinâmicas trabalhistas do mundo moderno e, consequentemente, estejam aptas ao mercado de trabalho. O Governo, por sua vez, precisa implantar a acessibilidade para esse grupo, através de medidas como o aumento de assentos exclusivos nos transportes públicos, a construção de postos de saúde especializados em geriatria e rampas de acesso, assegurando uma vida mais confortável.