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Enviada em: 05/09/2018

Análogo a primeira lei de Newton, a lei da inércia, a qual cita que um corpo permanece em seu movimento até que a presença de uma força mude sua trajetória, o descaso com a população de idosos - devido ao aumento da expectativa de vida - é uma adversidade persistente no Brasil há anos. Desse modo, os fatores sociais e econômicos ao invés de contribuírem como a força que muda o percurso do problema, da existência para a erradicação, acabam por colaborarem com a permanência da situação atual.  Em primeira análise, cabe apontar que as melhorias nas condições de saúde propiciadas através da descoberta de medicamentos durante a segunda guerra, fez com que a taxa da expectativa de vida se elevasse. No entanto, sabe-se que atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) vigente no Brasil é sucateado, com estruturas sem adaptações necessárias aos idosos, além da falta de variedades nos medicamentos gratuitos. Outrossim, há uma falta de incentivos acerca da especialização em geriatria, acarretando um número restrito de profissionais da área e contribuindo com a continuidade da situação vivida atualmente. Ademais, convém frisar que o pós Revolução Industrial fez com que a taxa de natalidade decaísse e por consequência a população economicamente ativa no mundo diminuísse ao longo dos anos. No Brasil, com a baixa no número de contribuintes, a aposentadoria tornou-se desvalorizada, além de ser tornar alvo de uma possível política pública de reforma da previdência. Assim, pode-se concluir que os indivíduos idosos não possuem a força necessária para a mudança da trajetória.   Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver essa problemática. Cabe ao Ministério da Saúde reformular o SUS e valorizar o bem estar dos mais velhos, por meio da disponibilidade de uma maior variedade de medicamentos gratuitos, melhorias nas estruturas das unidades básicas e por fim, criando bolsas de pesquisas que incentivem a especialização na área geriátrica, para que assim as necessidades dos idosos sejam plenamente atendidas. Além do mais, o Ministério Público deverá revisar a atual previdência, para que possíveis fraudes sejam penalmente punidos e, portanto, não prejudique os que necessitam. Assim, essas medidas funcionarão como a força descrita por Newton.