Materiais:
Enviada em: 26/09/2018

De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a média de vida dos brasileiros cresceu 65,93% entre 1940 e 2015 chegando à marca de 75,5 anos em 2017, o que demonstra, dessa maneira, um grande avanço para o país. No entanto, com o aumento da expectativa de vida no Brasil surgem problemas que afetam toda a sociedade. Nesse cenário, destacam-se vicissitudes de ordem econômicas e sociais.       Primeiramente, a inversão da pirâmide etária brasileira é a causa principal do "rombo" na previdência social. Isso acontece, por causa do modelo equivocado de aposentadorias adotado no Brasil, no qual os indivíduos que constituem a PEA, população economicamente ativa, custeiam os benefícios de quem já está inativo. Conforme previsão do Ministério da Fazenda, o déficit da previdência em 2018 será de R$ 20,1 bilhões. Logo, é vital migrar do atual modelo para um autossustentável.       Ademais, a elevação da vida média dos brasileiros gerou diversos problemas sociais. Segundo Clement Attlee, ex-ministro do Reino Unido, "a democracia não é apenas a lei da maioria, é a lei da maioria respeitando o direito das minorias". Nesse contexto, por causa, sobretudo, da escassez de investimentos governamentais, direitos básicos como saúde e moradia digna são, de maneira explícita ou velada, negados aos idosos. Portanto, é crucial mudar essa situação vergonhosa que assola o país.       Destarte, é imperativo que o aumento da expectativa de vida no Brasil seja acompanhado de soluções para problemas sociais e econômicos. Para isso, é essencial que o Governo, através da figura do Ministério da Previdência Social, promova a migração do atual modelo previdenciário para um paradigma capitalizado, em que cada cidadão constrói uma poupança para sua própria aposentadoria. Como meio de tornar isso possível, pode-se revogar a política de renúncias fiscais que, segundo o TCU, Tribunal de Contas da União, é de R$ 354,7 bilhões anuais e utilizar esse montante para custear essa migração. Assim, os idosos terão uma renda maior e o Estado mais recursos para cuidar dessa população.