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Enviada em: 07/05/2019

A pirâmide etária brasileira sofreu modificações ao longo das últimas décadas. Isso se deve, principalmente, pela queda na mortalidade e o aumento da expectativa de vida. Contudo, apesar do aumento no número de idosos, o preconceito e o descaso com essas pessoas ainda permanecem na contemporaneidade. Nesse âmbito, analisa-se que a problemática é sustentada, sobretudo, pelo descaso governamental e, ainda, pela falha moral do cidadão.          Nesse sentido, é elementar que se leve em consideração que, de acordo com o pensamento filosófico de São Tomás de Aquino, em uma sociedade democrática de direito todos possuem o mesmo grau de importância. No entanto, o Estado diverge de tal perspectiva, pela falta de infraestrutura das cidades para mobilidade segura do idoso e, principalmente, pela ausência de uma saúde pública de qualidade direcionada à essa faixa etária; haja vista que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70% desses indivíduos dependem da saúde pública. Diante disso, é fato que a qualidade de vida dessas pessoas não é prioridade dos governantes.    Além disso, o preconceito da sociedade com os idosos apresenta-se como outro fator preponderante para garantia dos direitos desses indivíduos. A respeito disso, sabe-se que, na Grécia Antiga, na cidade- Estado de Esparta, havia uma assembleia cujo grupo de anciões possuíam funções legislativas e judiciais, na qual evidencia a importância que esse povo atribuía para terceira idade. Todavia, hodiernamente, a sua relevância e seu respeito fragmentaram-se, pois, muitos adolescentes desrespeitam os idosos com alegações de inutilidades e preconceitos direcionados a suas características físicas. De fato, isso é um crime gravíssimo o qual vai contra os princípios institucionais da Constituição Brasileira de 1988.   Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que solucionem o problema vigente. Dessa maneira, cabe ao Governo investir em educação- pois de acordo com Nelson Mandela essa é a resolução mais eficaz que existe- por meio de investimentos em palestras que incentivem a valorizar a terceira idade, com o fito de fomentar as crianças e adolescentes a importância do respeito a essa faixa etária. Ademais, é imprescindível, também, que o Ministério da Infraestrutura implante nas cidades do país mobilidade segura ao idoso, como, por exemplo, rampas nas calçadas, afim de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Soma-se a isso, é papel do Ministério da Saúde, a melhoria da estrutura dos hospitais e a contratação de mais funcionários- por meio da ampliação de verbas destinadas ao Conselho de Saúde e através de concursos- para que, o idoso tenha o acesso adequado a tratamentos. Para, assim, mitigar-se-a o atual panorama.