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Enviada em: 10/10/2018

Na sociedade vigente, o Brasil passa por um fenômeno característico da contemporaneidade: o aumento da expectativa de vida. Apesar de ser positivo, este fato evidencia a urgência de ações que visem a adequação do país à essa realidade, pois, segundo a especialista em gerontologia Maria Liz Cunha, "O Brasil não está preparado para uma sociedade de idosos". Diante disso, cabe analisar os efeitos dessa problemática e suas possíveis soluções.  Sob esse aspecto, a principal consequência do aumento da longevidade é o envelhecimento populacional. De acordo com o IBGE, 25% dos brasileiros terão mais de 60 anos até 2060, no entanto, a ausência de políticas públicas voltadas para a revitalização do espaço urbano não condiz com essa conjuntura. Tristemente, muitos idosos abdicam de sua cidadania e participação social por conta das dificuldades de mobilidade e acessibilidade impostas pelo Estado e pela sociedade no convívio diário.  Convém ressaltar, também, o crescimento da violência contra o idoso frente à realidade do aumento de indivíduos dessa faixa etária no Brasil. Para Leonel Brizola, "A violência é fruto da falta de educação", dessa forma, a escassez de conhecimento dado na formação sócio-educacional das pessoas, a respeito dos entraves enfrentados pelos idosos, contribui consideravelmente com os inúmeros casos de desrespeito que comprometem os direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso. Com feito, lamentavelmente, muitas vezes essa violência parte daqueles que deveriam zelar pela saúde do ente, ou seja, da própria família.  Levando em conta a necessidade de medidas urgentes para contornar esse cenário, o Governo Federal, deve disponibilizar verbas para as secretarias estaduais de obras conceberem um programa de obras públicas que adapte e revitalize o ambiente urbano de acordo com as necessidades da terceira idade, a fim de que essas pessoas tenham mais segurança e independência em seus cotidianos. Ademais, cabe à Escola a criação de palestras elucidativas semestrais que fomentem a importância do respeito aos idosos, com a participação de gerontológicos e educadores, para que desde jovem o indivíduo tenha empatia com essa faixa etária. Espera-se, com isso, que a realidade afirmada por Maria Liz Cunha seja superada.