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Enviada em: 15/10/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas em 1949, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Nesse contexto, não há dúvidas de que, com o aumento da expectativa de vida, tais conquistas são de extrema importância aos idosos. Entretanto, o Brasil enfrenta desafios acerca dessa temática, a qual está relacionada não só à crise no sistema de saúde, mas também à qualidade de vida dessa população, necessitando-se de medidas para atenuar os entraves.       Deve pontuar, de início, que o aparato estatal é ineficiente em garantir o direito à saúde da população, sobretudo, dos idosos. Quanto a essa questão, os hospitais públicos passam por  problemas de superlotação e dificuldades administrativas, isso pode ser comprovado pelas inúmeras notícias que saem diariamente nos meios de comunicação e denunciam esse fato. Dessa forma, a falta de leitos, de médicos e de remédios é uma realidade que afeta diretamente a população mais velha, pois é a que mais é acometida por doenças, típicas da idade avançada, como a osteoporose, diabetes e hipertensão.         Vale ressaltar, também, que a qualidade de vida dessa população não é devidamente respeitada. Apesar dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrarem que a expectativa de vida do brasileiro cresceu 65% em 60 anos, isso não reflete em uma boa qualidade de vida na velhice. Nesse sentido, é comum que os idosos passem por diversos problemas sociais, como, por exemplo, não terem sua prioridade respeitada em filas, assim como em assentos e vagas destinadas a eles. Dessa forma, ficam à merce de terem que gastar mais energia para tarefas que deveriam ser mais simples e que foram garantidas a eles por direito.              Portanto, indubitavelmente, o aparato estatal e a sociedade civil têm responsabilidades sobre essa problemática. Para atenuá-la, cabe ao Estado garantir o direito à saúde da população da terceira idade, por meio da criação de hospitais públicos destinados exclusivamente para o atendimento dessas pessoas, com profissionais qualificados e remédios que combatam as principais doenças que afetam o público mais velho. Outrossim, cabe à sociedade respeitar os direitos dos idosos, por intermédio de ações simples do cotidiano, dando passagem em filas, não estacionando em locais destinados às prioridades, cedendo o lugar em transportes públicos, para que seja garantida, assim, a sua qualidade de vida.