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Enviada em: 26/10/2018

No Egito Antigo os animais ocupavam posição de destaque na sociedade, sendo, por muitas vezes, considerados como deuses. Já no Brasil, o contexto vivido pelos animais se configura de forma diferente, isso, pois, os maus-tratos aos quais os animais são submetidos ocorrem de forma frequente. A fauna brasileira, vítima de uma ideologia que visa ao lucro, é utilizada, constantemente, como mercadoria. Além disso, de forma antiquada, muitos espetáculos ainda utilizam animais como vitrines de exposição apenas para divertimento humano sem preocupar-se com o estresse pelo qual esses animais são submetidos. Tudo isso demonstra o descaso da sociedade brasileira para com os animais.   O tráfico de animais movimenta bilhões, anualmente, pelo mundo todo. Isso se dá, pois, os animais são vistos como mercadorias lucrativas que fornecem aos traficantes produtos de alto valor econômico  como pele de animais, marfim e chifres de rinocerontes. Essa visão de cunho capitalista não preserva os direitos da fauna fazendo com que esses animais sejam submetidos a um deslocamento de habitat e mudança, forçada, de nicho ecológico. Essa prática ilegal diminui a biodiversidade e, portanto, é considerada, pelo governo, exclusivamente como um crime ambiental. Contudo, além disso, o tráfico de animais deve ser considerado uma prática de crime transnacional e de interesse jurídico uma vez que coloca em risco a segurança da fauna nacional.   Além disso, como fator agravante, os animais são submetidos a espetáculos que os expõe a situações de estresse apenas para entretenimento público. A exemplo disso, no Brasil, a onça Juma, após ser exposta a situações de estresse na abertura das olímpiadas de 2016, foi assassinada. Ademais, muitos animais são maltratados e escravizados em circos, como mostra o filme Água para elefantes. Para solucionar esses problemas, leis, que proíbem o uso de animais para espetáculos, estão sendo aprovadas e postas em vigor em alguns estados, a exemplo do estado de Santa Catarina. Contudo, mesmo com a lei em vigor as penas são muito brandas fazendo com que as praticas de crueldade e desrespeito continuem se propagando.   Portanto, mudanças fazem-se necessárias para que os animais deixem de ser vistos apenas como mercadorias e/ou objetos de exposição que visam apenas ao lucro. Desse modo, o governo federal deverá, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, investir em fiscalização nas fronteiras para que o tráfico de animais diminua. Além disso, as leis que proíbem o uso de animais para fins exibicionistas devem ser aprovadas de modo que as penas, para quem contrariar essas leis, sejam rigorosas e sem direito a fiança. Desse modo os animais, a exemplo do antigo Egito, poderão conquistar um espaço de mais valorização e respeito na sociedade brasileira.