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Enviada em: 28/10/2018

Longevidade digna   No contexto das civilizações antigas, o envelhecimento era um símbolo de sabedoria e, consequentemente, prestígio social. A figura do ancião, por exemplo, era tida como responsável pelo aconselhamento da população mais jovem e pela tomada de decisões quanto ao destino da sociedade em geral. Mais recentemente, a população idosa, embora em constante crescimento, passou a ser socialmente marginalizada.    Em primeiro plano, é necessário destacar os intensos avanços da medicina preventiva no Brasil que, junto ao êxodo rural, permitiram a diminuição nas taxas de mortalidade e, por conseguinte, o aumento da longevidade populacional. Essa última, entretanto, ainda tem parte de seu potencial obstruído por conta de hábitos particulares, a exemplo do consumo de tabaco e do sedentarismo que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, são as principais causas de complicações de saúde na terceira idade.   Outrossim, com a relativa diminuição da base da pirâmide etária e alongamento de seu topo – que representam, respectivamente, a população de jovens e idosos -, passa a ser fundamental a existência de direitos específicos para o público longevo. Nesse caso, enquadra-se o Estatuto do Idoso que, criado em 2003, encontra até hoje dificuldades para ter o cumprimento de suas cláusulas na sociedade, o que é evidenciado pelas constantes discriminações contra esse grupo social, sobretudo em locais públicos, na qual não ocorrem as devidas punições.    Diante dos argumentos supracitados, é dever do Ministério da Saúde garantir, por meio da criação de centros públicos de auxílio a fumantes e praças de práticas esportivas, a erradicação das principais causas que impedem o aumento ainda mais significativo das taxas de longevidade. Ademais, cabe ao Poder Executivo realizar, por meio da criação de delegacias especiais para idosos, uma análise mais minuciosa dos absurdos que ocorrem contra essa parcela populacional e, dessa forma, seguir o que se encontra no Estatuto da mesma. Destarte, possibilitar-se-á uma retomada aos valores clássicos de prestigiação àqueles socialmente mais experientes.