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Enviada em: 04/03/2019

A expectativa de vida é um indicador que diz, em média, quanto tempo de vida um indivíduo tem a partir do seu nascimento. Nas últimas décadas, o Brasil apresentou um aumento nos valores desse indicador, porém esses dados não acompanham, necessariamente, a melhora na qualidade com que o cidadão viverá. Além disso, o maior índice de idosos - em conjunto com um mau gerenciamento da saúde pública - poderá afetar o Sistema Único de Saúde de tal forma que possa determinar o seu fim.       Mormente, a expectativa de vida está bastante relacionada com a qualidade de vida. Fatores como educação, saúde, segurança, presença ou ausência de guerras, entre outros, influenciam diretamente na melhora ou piora da qualidade. De fato, os investimentos em educação e saneamento básico, bem como o avanço da medicina, contribuíram para a longevidade da população. Entretanto, há cada vez mais notícias sobre pessoas com crise de pânico e depressão por conta do medo diário da violência que alastra as cidades; cada vez mais tem-se desenvolvido doenças respiratórias por conta da poluição. Vive-se mais sim, mas se vive preso dentro de casa, ou na espera de uma fila de hospital.       Além disso, o Ministério da Saúde divulgou um crescimento no índice de obesidade de 60% nos últimos dez anos. Associadas à obesidade e falta de exercício físico, têm-se doenças como hipertensão e diabetes. Seguindo por esse caminho, o Brasil enfrentará um futuro no qual a maioria dos idosos será enfermo, caso não se mude o estilo de vida dos brasileiros. Os cofres públicos correm o risco de não suportarem o Sistema Único de Saúde e será iminente a perda, por parte da população, de um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988, que garante a todos saúde pública, gratuita e de qualidade.       Urge, portanto, ações de políticas públicas que visem uma melhora na qualidade de vida, a curto e longo prazo, de todos os cidadãos. Os Governos Municipais, Estaduais e Federal devem trabalhar em conjunto e desenvolver políticas de segurança pública eficazes, bem como investir em educação e combate ao desemprego, para que se cresça melhor, sem medo de viver e com dinheiro no bolso para comer. Cabe ao Ministério da Saúde, em parceria com o Governo Federal, investir na saúde preventiva, a fim de conscientizar a população sobre a importância que uma boa alimentação e atividade física têm na qualidade de vida, minimizando, assim, o desenvolvimento de doenças na velhice. Dessa forma, os indivíduos terão a chance de viver uma vida longa, próspera e boa, com qualidade, o que é um direito natural básico de todos.