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Enviada em: 10/04/2019

“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. Através deste trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que a sociedade, ao longo de seu desenvolvimento, encontra obstáculos. A partir do século XX, a população brasileira começou uma luta a fim de melhorar a saúde e consequentemente, aumentar a expectativa de vida. Hodiernamente, é cognoscível que o êxito foi alcançado, entretanto um novo obstáculo surgiu: o número de idosos se elevou em uma sociedade que não estava preparada para recebê-los.       Os idosos, no Brasil, ainda não são acolhidos dignamente no que diz respeito às esferas social e econômica. Comumente observamos uma imagem negativa atribuída à velhice, sendo esta associada ao fim da vida. Sob esse ângulo, encontram-se justificativas para que os investimentos na terceira idade sejam escassos. Contudo, é visível que os indivíduos com mais de sessenta anos, hoje em dia, são mais ativos que aqueles de outrora. Por este motivo, necessitam de mais aceitação da sociedade para que possam continuar desempenhando suas funções.      Dentro dessa perspectiva, é válido dizer que até mesmo no quesito saúde há certo preconceito contra os idosos, haja vista que as inovações e experimentos são feitos, quase totalmente, com pessoas jovens, sem levar em consideração os organismos mais velhos. Outrossim, no campo da economia, percebe-se que o Brasil enfrenta grande dificuldade em fornecer a aposentadoria a todos, e o problema tende a crescer, visto que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de idosos aumentará 15 vezes até o ano de 2050.