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Enviada em: 04/05/2019

Até meados do século XX, no Brasil, a expectativa de vida girava entorno de 30, 40 anos, contudo de lá para cá muito se mudou – principalmente em relação aos ganhos na área da saúde – de modo que, atualmente ela está entorno de 75 anos. Assim, cabe uma análise dos impactos do Sistema de Saúde na expectativa de vida no Brasil; como também do atual “arranjo” social que não atente a essa nova camada social.     Primeiro, saúde pública de qualidade é uma das principais soluções. Para as populações do início século XX no Brasil, uma simples gripe ou qualquer outra enfermidade que hoje é considerada “banal”, era suficiente para matar um grande número de pessoas, além de um quase inexistente sistema de saúde pública de qualidade – o que corroborou para a permanência da expectativa de vida entorno de 30, 40 anos. Porém, o Brasil vive hoje uma realidade bastante positiva em relação a expectativa de vida, quando comparado com esse período anterior, o que é resultante entre outras fatores, a uma evolução significativa do sistema de saúde pública. Pois com isso conseguimos avançar de uma expectativa de 30, 40 para os atuais 75 anos.     Diante disso, uma análise em relação à atual e futura conformação social brasileira torna-se crucial. Sendo que com o aumento da expectativa de vida no Brasil, como também da queda dos índices de natalidade (devido a outros aspectos sociais) tem-se a formação de uma nova pirâmide etária – que antes o número de crianças, jovens e adultos era maior do que dos idosos, mas que atualmente o de adultos e idosos vem superando os demais. Assim uma estrutura social que até então calcada em priorizar jovens e adultos: desde o mercado de trabalho até às áreas de lazer, se defronta com um desafio de se repensar, com vistas a atendimento e inserção de uma sociedade que chega os 75 anos em pleno vigor e disposição.     Portanto, cabe ao Governo por meio do Ministério da Saúde, Trabalho, Cultura e Educação elaborarem políticas públicas: primeiro para prosseguir com o aumento da expectativa de vida; segundo para que os mesmos possam continuar vigorosamente inseridos na sociedade nas mais diversas áreas. E para isso, repensar os espaços públicos é de fundamental importância, uma vez que 60, 70, 75 anos não é idade de ser exclusivamente avós, mas sim de viajar, se relacionar e até mesmo trabalhar (mas que isso não seja feito por pura necessidade); enfim, para que com isso sejamos um país da inclusão e não da exclusão e do sectarismo.