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Enviada em: 06/08/2019

Segundo o médico Drauzio Varella, a expectativa de vida tem aumentado em virtude dos avanços medicinais, em conjunto com o maior alcance de conhecimento sobre a questão da saúde. Entretanto, a esfera hodierna brasileira não está preparada para essa condição demográfica, uma vez que a população idosa não detém de seus direitos e frequentemente ocorrem situações de desvalorização e, consequentemente, apresentam-se como marginalizados socialmente. Nesse contexto, tal realidade é inconcebível e merece um enfrentamento mais crítico, com o objetivo de que os idosos tenham a plenitude de viver em harmonia.     Primeiramente, é notável a ausência de consideração pelos idosos, pois estes carecem de apoio. Constata-se que, o Estado tem papel fundamental em auxiliar a terceira idade. Nesse âmbito, enquadra-se a questão da saúde, visto que não há medicamentos necessários para distribuir nos postos de saúde. Ademais, configura-se à falta de médicos geriatras para cuidar de certas doenças específicas, que podem ser adquiridas com a velhice. Sob tal ótica , esse cenário infringe a Constituição de 1988, posto que pressupõe como lei o direito à saúde. Evidencia-se assim ,a inoperância estatal, o que contraria os princípios doestado de natureza de John Locke , em que este filósofo conclui como dever do Estado auxiliar e proteger à todos.     Em segundo lugar , é válido reconhecer que, atualmente, a população brasileira não respeita as condições dos idosos e, por conseguinte, exclui socialmente esta faixa etária. Isto acontece porque o envelhecimento é visto apenas de forma negativa, de maneira análoga a Alemanha nazista, em que os idosos eram executados, por serem considerados “ inúteis “.Todavia ,hodiernamente, ao invés da execução , as pessoas mais velhas são anuladas das atividades sociais. Verifica-se , dessa maneira , que é algo complicado, visto que com a segregação da população idosa , estes detêm maior facilidade de adquirir doenças mentais, posto que são abandonados com a solidão social.     Depreende-se, portanto, a necessidade de se adequar as novas mudanças demográficas, frente a realidade dos idosos, com o intuito de que estes acompanhem a vida de forma plena .Cabe , assim ao Estado cumprir com a Constituição, com o ato de disponibilizar serviços a terceira idade, principalmente na questão da saúde, com a distribuição de remédios nos postos e com a contratação de mais médicos , por meio de verbas governamentais e com o apoio de empresas privadas, na perspectiva de que haja longevidade humana de forma segura e saudável. Posto isso, o poder real do Estado quanto protetor da população, frente ao pensamento de John Locke , poderá ser cumprido.