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Enviada em: 08/10/2019

A evolução da pirâmide etária brasileira é caracterizada pelo alargamento do topo demonstrando o crescimento da expectativa de vida. Com as reformas sanitárias na década de 1950 à 1980, o brasileiro conseguiu viver mais. Apesar de tais mudanças progressivas, esse índice ainda não é tão bom quanto deveria por causa da omissão governamental atrelado ao modelo arcaico de sociedade.  A princípio, deve-se ressaltar que o Estado não está acompanhando as mudanças da sociedade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 1940 o brasileiro tinha a expectativa de vida de 45,5 anos e atualmente esse dado gira em torno de 76 anos. Embora houve um grande passo, observa-se que a falta de infraestrutura trava esse crescimento, necessário para o índice de desenvolvimento humano. Nesse sentido, o acesso a serviços públicos gratuitos e de qualidade é extremamente raro no país, prova disso, é o Sistema Único de Saúde, que se encontra na eminência de um colapso estrutural, principalmente nas regiões norte e nordeste - as quais a diferença de longevidade entre as áreas mais ricas revela os "Brasis" que existem no país.   Em segundo lugar, é necessário reajustar o posicionamento do mercado de trabalho para se adequar ao atual processo demográfico. O crescimento da expectativa de vida é acompanhado pela queda da natalidade, ou seja, a participação de jovens na população economicamente ativa tende a diminuir. Diante desse cenário, as empresas ainda não se adaptaram a presença de indivíduos mais velhos nos locais de trabalho, dificultando o funcionamento e desenvolvimento da economia sob o novo e crescente mercado produtor e consumidor.   Fica claro, portanto, que o aumento da expectativa de vida é essencial para o desenvolvimento e seus problemas devem ser evitados. É recorrente que o Ministério da Saúde redirecione investimentos a saúde pública no âmbito da medicina preventiva com a atuação de médicos e gerontólogos nos hospitais, focalizando as áreas mais escassas do país, no intuito de garantir direitos aos cidadãos e aumentar o IDH do Brasil. Cabe ao governos estaduais promoverem uma política pública de redução fiscal a empresas privadas que contratarem ou manterem indivíduos mais velhos nos seus devidos cargos, a fim de se evitar a baixa arrecadação de impostos e um posterior deficit orçamentário. Quem sabe, assim, a pirâmide etária brasileira fique mais perto do modelo de países desenvolvidos.