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Enviada em: 26/10/2017

Por um futuro melhor      Devido aos avanços socio-sanitários e tecnológicos das últimas décadas, a expectativa de vida dos brasileiros cresceu significativamente. No entanto, apesar dessa importante conquista, a expectativa aumentada trouxe consigo desafios, tanto no âmbito da saúde, quando no da previdência social. Logo, poder público e coletividade devem unir forças objetivando combater esses desafios sociais.      O primeiro ponto que  vale um questionamento é o impacto do progressivo envelhecimento da população no sistema de saúde. Isso se deve, em grande medida, ao aumento da necessidade de atendimentos médicos a essa parcela, haja vista que a ocorrência de problemas físicos e psicológicos nessa idade é frequente. Nesse sentido, os hospitais brasileiros, especialmente os da rede pública, que já não são eficazes, ficam sobrecarregados com a crescente demanda de pacientes e não proporcionam o atendimento devido a esse público.       Outro aspecto que pode ser debatido é a questão da previdência social. O Brasil passa pela 4ª fase de transição demográfica, a qual é marcada pela pelo progressivo envelhecimento da população e pela diminuição da taxa de natalidade. Por conta disso, há um natural desequilíbrio nas contas da previdência social, posto que um menor número de contribuintes, somado a um maior de aposentados, gera um déficit nos cofres do sistema. Dessa forma, os idosos tem sua dignidade - garantia defendida pelo artigo 1º dos Direitos Humanos - posta em xeque, visto que, não raramente, deixam de receber, ou recebem um valor desprezível, o benefício da aposentadoria, o que impede-os de realizar suas necessidades básicas, como a compra de alimentos, de remédios e gastos com entretenimento.      Urge, portanto, que medidas devem ser tomadas com vistas a não só minimizar os impactos do aumento da expectativa de vida, mas, principalmente, priorizar a dignidade e o bem estar social dos idosos. Para tanto, as prefeituras, com aporte financeiro da União, devem criar hospitais exclusivos aos idosos, semelhante aos hospitais da criança e da mulher, a fim de agilizar os atendimentos a essa parcela mais necessitada. Ademais, a sociedade civil organizada, através das redes sociais, deve elaborar debates acerca da previdência e encaminhá-los ao congresso nacional, visando uma reforma razoável da lei que garanta o equilíbrio das contas e, prioritariamente, a aposentadoria dos idosos. Deste modo, observada uma ação conjunta entre instituições públicas e sociedade, o país dará passos mais firmes na direção de um futuro melhor.