O Brasil muito tem avançado quanto ao aumento da expectativa de vida, graças a políticas públicas como a construção de hospitais e a expansão do saneamento básico. No entanto, segundo o Censo Demográfico realizado em 2010, mais de 6% da população vive em conjuntos subnormais, locais onde medidas governamentais, geralmente, são menos evidenciadas. Ademais, o crescimento da expectativa de vida juntamente com a baixa natalidade, têm gerado crises no sistema previdenciário, demonstrando a ausência de ações preventivas por parte do Executivo brasileiro. Primeiramente, pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmam que a longevidade do brasileiro alcança em média 75 anos, atrás de países referência no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) como a Noruega e a Suíça. Concomitantemente, a baixa taxa de nascimento tem preocupado especialistas, uma vez que o país passará, nas próximas décadas, por carência de mão de obra jovem, gerando colapsos no setor previdenciário, uma vez que não haverá alguém para sustentar os aposentados, estagnando a economia. Dessa forma, países como o Canadá, por exemplo, já procuram soluções como incentivos governamentais para povoar seu extenso território e buscar pessoas que façam parte da PEI (População Economicamente Ativa), contribuindo com o progresso socioeconômico. Em segundo lugar, os moradores dos conjuntos subnormais são os que mais carecem de acesso à saúde e ao saneamento básico, desenvolvendo as menores taxas de expectativa de vida. Por conta disso, com mais de 6% da população vivendo nessas áreas, de acordo com o IBGE, o Brasil deve criar medidas a exemplo de outros países, como a China, segunda maior economia mundial, que agora está, de forma preventiva, criando soluções para o crescente aumento do número de idosos, como a diminuição da poluição, ampliação da rede de saúde e de melhorias na infraestrutura, principalmente na mobilidade urbana, com rampas de acesso e veículos especiais. Portanto, cabe ao Estado brasileiro fornecer moradias regulares com a intenção de melhorar a saúde dessas pessoas. Por fim, com o intuito de se conter a crise previdenciária, o Governo Federal deve, a longo prazo, incentivar a entrada de imigrantes, auxiliando com moradia e trabalho, com o intuito de acrescer a mão de obra jovem disponível. Além disso, faz-se necessário também o aumento do prazo de aposentadoria, para que seja proporcional à longevidade, evitando colapsos econômicos. Em última análise, às Prefeituras e aos Governos Estaduais, cabe a criação de programas eficientes de diminuição da poluição, como a adoção do imposto zero em veículos movidos à energia elétrica, a fim de se popularizar o seu uso e a expansão de moradias populares, para melhorar a vida da população.