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Enviada em: 31/10/2017

A longevidade brasileira se mantém crescente no decorrer dos anos, devido, especialmente, ao desenvolvimento econômico, tecnológico e até mesmo moral da sociedade. A média de idade, entretanto, ainda não se equipara ao observado nos países mais evoluídos, como os EUA, nação com um dos maiores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Todavia, em contrapartida com os benefícios de um aumento da expectativa de vida à sociedade, pode-se citar o aumento de gastos governamentais com áreas da saúde e, por conseguinte, o envelhecimento da população, trazendo consequências ao mercado de trabalho.        Sobretudo, é notório que a condição econômica é um dos principais delimitadores da longevidade no Brasil. Pode-se mencionar, por exemplo, ocorrências na literatura, as quais, embora fictícias, retratam a realidade da época, como o protagonista Brás Cubas, de Machado de Assis. O personagem faleceu aos 64 anos acometido por uma pneumonia, idade significativamente superior às observadas no contexto do século XIX. Na atualidade, essa relação pode ser feita comparando-se as idades médias entre as classes sociais. É inegável, portanto, que a expectativa de vida existente em bairros menos urbanizados mostra-se inferior à presente nas camadas mais superiores, devido ao acesso facilitado dos últimos à saúde, ao saneamento básico e à educação.        Concomitantemente, no que tange aos impasses, a saúde encontra-se em ponto de destaque. A evolução tecnológica e científica da Medicina foi a responsável pela contenção, pela prevenção e pelo diagnóstico de epidemias. No entanto, uma população cuja idade é avançada exige mais cuidados básicos, aumentando os gastos governamentais. Um fator que corrobora essa questão é o crescente número de planos de saúde voltados a idosos, e seu alto valor justificado pelas relações de uso. A segunda questão é observada na alteração da pirâmide etária do país, cujo topo, no qual localizam-se adultos e idosos, aumenta cada vez mais. Essa condição, aliada à baixa taxa de fecundidade, caracteriza um mercado de trabalho carente de mão de obra, uma vez que grande parte dos trabalhadores estão já inclusos ou em processo de previdência.       Portanto, em virtude do que foi mencionado, faz-se necessária, pelo Ministério da Saúde, a ampliação de centros de saúde voltadas ao público da terceira idade, em parceria com as universidade, a fim de que os alunos desenvolvam programas de acompanhamento destinados a esse grupo, por meio do fornecimento de exames, consultas e ainda acompanhamentos para situações mais graves. Dessa forma, haveria uma contribuição para a educação e para a diminuição da superlotação das unidades do SUS, melhorando, então, o bem estar de toda a população.