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Enviada em: 02/11/2017

Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que a expectativa de vida do brasileiro segue aumentando nos últimos anos. Trata-se de um fato positivo, visto que pode ser considerado decorrente da oferta de saneamento básico pelo Estado, da prática de hábitos de vida saudáveis e do acesso a medicamentos e informações.       Ao longo de muitos anos, o envelhecimento da população não foi um assunto preocupante no Brasil, resultando em um quadro de despreparo do brasileiro para lidar com a nova realidade. Essa falta de preparo se revela, por exemplo, pela existência de preconceito quanto a contratação de pessoas mais velhas, pelos casos de violência e de desrespeito aos direitos dos idosos.       O envelhecimento da população tende a causar o aumento da demanda pela assistência social provida pelo Estado. Assim, as despesas estatais com aposentadorias, pagas pelo sistema previdenciário, deverão ser maiores, bem como os custos com serviços médicos e hospitalares realizados pelo Sistema Único de Saúde. Concomitante ao aumento da demanda, é possível prever que haja redução do aporte de financiamentos.       O problema é que ambos os sistemas, previdenciário e de saúde, atualmente parecem estar próximos de seus limites operacionais e financeiros, fomentando a tese de que são outra face do despreparo brasileiro para o envelhecimento populacional.       Assim, mister que o Governo Federal atue de forma coordenada com as esferas Estaduais e Municipais para, prioritariamente, buscar o uso eficiente dos recursos assistenciais. Sistemas de controle e gestão devem ser aprimorados, com amparo de leis, órgãos e ferramentas de tecnologia. Devem ser tomadas providências com a finalidade de se evitar desperdícios, desvios de recursos e fraudes. Também devem ser aprimorados os controles baseados na transparência, de modo que a sociedade possa participar das atividades de fiscalização.