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Enviada em: 24/01/2018

O Paradoxo Brasileiro       Graças aos avanços médicos, o brasileiro teve sua expectativa de vida aumentada 30 anos em relação a 1940. Entretanto, o rápido aumento na longevidade criou uma série de problema no Brasil, dos quais o governo não se prontificou à sanar quando ainda estavam em seu estágio embrionário. Atualmente, tais problemas já eclodiram e afetam toda a população brasileira, dentre os principais, merecem ressalva: a carência de recursos financeiros destinados ao sistema previdenciário,  como também a falta de infraestrutura urbana e hospitalar.       Com a constante diminuição da taxa de mortalidade e natalidade, a tendência é que existam mais idosos em relação a jovens no futuro. Essa perspectiva é preocupante, pois coloca em voga a crise previdenciária. Desde 2015 o governo vem alegando grandes déficits nos cofres públicos destinados à previdência pela falta de contribuintes  – paradoxalmente o Brasil tem uma das taxas tributárias mais altas do mundo –. Tal alegação levanta muita indignação entre os economistas, que afirmam que a isenção de arrecadação do INSS concedida a setores como agronegócio, entidades filantrópicas e pequenos empreendedores, como também a deficiente fiscalização para evitar sonegação são responsáveis pelos prejuízos dos caixas públicos.        Outra preocupação constante proveniente da cada vez maior expectativa de vida é o aumento do número de habitantes no país, que por sua vez, no Brasil, não está sendo acompanhado pelo aumento da infraestrutura urbana e hospitalar. Em 2010 morreram aproximadamente mil pessoas com o deslizamento de terra que derrubou centenas de moradias irregulares no Rio de Janeiro, o governo não pôde abrigar todos os prejudicados por falta de infraestrutura, sendo assim muitos voltaram a construir suas casas na área de deslizamento. No país do futebol o ridículo ganha graça, falar que vai morrer esperando na fila do SUS já se tornou piada. A falta de infraestrutura para suportar os mais de 200 milhões de brasileiros é evidente, porém, mais perturbador que isso é a conspícua inércia do governo que é suplantada pela letargia da sociedade para com o problema.        Logo, tendo em vista os aspectos observados, a sociedade não pode ficar a mercê da má administração de recursos do governo. Por isso, faz-se necessário que a sociedade juntamente com ONGs, através de mídias sociais e televisivas, assim como em escolas, instruam a nova geração como é possível garantir uma terceira idade tranquila e sem surpresas por meio de investimentos em renda fixa e títulos públicos, que, são aplicações financeiras semelhantes, porém muito mais lucrativas que a poupança.