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Enviada em: 23/01/2018

A partir da Segunda Guerra Mundial, grandes inovações surgiram no campo da medicina - como a descoberta da penicilina, substância responsável pelo efeito antibactericida - que, por conseguinte, trouxeram melhorias incontestáveis para a área da saúde. No Brasil, a pretexto dos avanços medicinais, o aumento da expectativa de vida tem gerado problemas estruturais nas políticas públicas, no que concerne ao âmbito da saúde e do sistema previdenciário do país.       Em primeira análise, são indubitáveis os grandes desafios que a terceira idade faceja nos serviços de saúde pública, posto que a demanda é mais alta que a oferta. Nesse sentido, a precariedade do contexto que os idosos vivenciam ilustra-se na escassez de leitos hospitalares, visto que estes carecem de assistência médica integral, em razão de doenças crônicas e múltiplas que os acometem em sua maioria, necessitando de internações periódicas; na ausência de médicos em regiões carentes, ora por falta de profissionais, ora por sua má distribuição nas redes públicas; além da insuficiência de medicamentos indispensáveis à manutenção de tratamentos específicos. À vista desses fatores, é perceptível a deficiência das políticas públicas, as quais deveriam possibilitar a prevenção e promoção da saúde, sendo condição básica de vida e direito imperativo previsto na Constituição.        Além disso, é válido salientar que o fenômeno da longevidade tem provocado impasses no sistema previdenciário brasileiro. Esse impacto oriundo da redução da taxa de natalidade em contraste com o aumento da expectativa de vida, que, desse modo, amplia o número de aposentados e minimiza o percentual de contribuintes ativos no mercado de trabalho. Tal efeito difunde-se, sobretudo, no regime de repartição adotado pela previdência social pública, em que os segurados ativos colaboram com a manutenção do benefício dos segurados inativos. Com isso, há o agravamento da crise na Previdência Social cujo déficit está previsto em R$202,2 bilhões para o ano atual.        Portanto, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a qualidade de vida recorrendo às políticas públicas eficientes. Para tanto, cabe ao Governo por meio do Ministério da Saúde, investir na saúde do idoso, fomentando mais recursos em hospitais públicos, compreendendo o acréscimo de leitos e de médicos especializados, além de melhorias na distribuição de medicamentos. A Polícia Federal, por sua vez, compete investigar desvios de dinheiro público, conduta proibida e formação de quadrilhas relacionados ao sistema da Previdência Social, dessa forma garantirá o equilíbrio econômico, a fim de dissipar os impactos causados pelo fenômeno da longevidade.