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Enviada em: 27/01/2018

A expectativa de vida da população brasileira teve aumento, contudo, diferentemente do que acontece em países desenvolvidos, não houve melhoria na qualidade de vida. Tal fato desencadeia inúmeros problemas, fazendo com que o futuro dessa parcela populacional se apresente cada vez mais obscuro.       Um dos problemas é certamente a precariedade das políticas públicas de base, tais como saúde, transporte etc. Observando o Brasil como um todo, é patente afirmar que tais direitos não são oferecidos, pelo Estado, de maneira minimamente adequada, principalmente para a parcela da população da terceira idade, sendo eles, juntamente com as crianças, os mais necessitados, em virtude de sua situação vulnerável.       Lesados financeiramente - tendo em vista que o valor médio de aposentadoria é pouco mais que um salário mínimo- e desprovidos de amparo médico público, inúmeros idosos retornam ao trabalho não por opção, mas por necessidade de, ainda, prover seus gastos básicos. Nesse caso, o aumento da expectativa de vida não pode ser recebido simplesmente como uma conquista, mas sim como um alerta de que o Brasil precisa acelerar, aumentar e fiscalizar, com mais empenho, seus investimentos nas políticas públicas de base.        Outro ponto importante é a questão do lazer. Com o desvínculo da atividade laboral, muitos idosos passam a se sentir isolados e desnecessários, situação que pode originar diversos transtornos psicológicos, tais como a depressão. É importante que se estruturem ambientes favoráveis ao convívio e à apreciação de um período da vida em que, teoricamente, é possível desfrutar de todos os ganhos alçados.       Para que a terceira idade seja realmente  o momento a que nosso imaginário social almeja - de tranquilidade e de desfrute- é necessário um olhar mais detido para essa parcela populacional. Tal situação não pode ser mudada sem que uma maioria se envolva de maneira consciente e engajada, votando em representantes que realmente se importem e ajam.