Materiais:
Enviada em: 27/01/2018

Engrenagens do desenvolvimento      Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, do século XVI ao XXI, a expectativa de vida dos indivíduos sofreu inúmeras transformações. Chegando em média a 75 anos, essa projeção só é possível, na atualidade, devido à mudanças no estilo, bem como condição de vida da população brasileira. Contudo, vê-se na contemporaneidade que ainda há fatores que influenciam negativamente o aumento da expectativa de vida no Brasil, tais como insuficiência do âmbito da saúde pública, situação precária de muitas cidades e até mesmo má alimentação e cuidado com à saúde.       É indubitável que a questão do sistema de saúde pública aliada as precárias condições das cidades brasileiras estejam entre as causas do problema. De acordo com pesquisas realizadas pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento da expectativa de vida não atingiu proporções esperadas por conta da precariedade de muitos postos públicos de saúde e principalmente devido à falta de recursos e infraestrutura adequada nos municípios brasileiros. Em outras palavras, a população enfrenta dificuldades em encontrar suporte para os problemas de saúde.      Outrossim, considera-se a falta de cuidado com à alimentação como forte base do inercial processo de desenvolvimento da expectativa de vida. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a população brasileira enfrenta uma crescente onda na busca por alimentos de rápido preparo, conhecidos como ‘’fast foods’’, seja devido a correria do dia a dia, seja pela facilidade de acesso a esses alimentos. Assim, percebe-se que à alimentação desregulada age como intenso fato social, dado que por conta da vivência em grupo, muitas pessoas tendem a imitar os hábitos uns dos outros.      Entende-se, portanto, que o lento desenvolvimento da expectativa de vida, é fruto do ainda fraco investimento em infraestrutura e recursos no âmbito da saúde pública, aliado a má alimentação da sociedade como intenso fato social. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano de implementação de novos postos de saúde bem como, investir em tecnologias e medicamentos que auxiliem o atendimento dos pacientes. Além disso, deve investir em campanhas de abrangência nacional, junto às emissoras abertas de televisão, com o propósito de maior conscientização social quanto à importância de uma alimentação adequada, propondo a troca de alimentos industrializados por alimentos naturais. Dessa forma, será possível garantir um crescimento progressivo do índice de expectativa de vida dos cidadãos brasileiros.